quinta-feira, 23 de abril de 2015

Resultados positivos no tratamento experimental contra o ébola

Um medicamento experimental salvou macacos infetados com a estirpe Makona, do vírsus do ébola, a mesma estirpe que levou à morte de 10700 pessoas e que infetou outras 25800 no último surto do vírus.

TKM-ebola-guinea impede a replicação dos genes particulares do vírus

O estudo realizado pelo investigador Thomas Geisbert, da universidade do Texas, consistiu em infetar seis macacos da espécie rhesus, com a estirpe Makona do vírus ébola. Seguiu-se a divisão dos infetados em dois grupos, onde apenas um deles recebeu o tratamento experimental. Durante o estudo, verificou-se que os macacos não tratados acabaram por morrer nove dias depois do início do ensaio experimental e os outros três acabaram por revelar-se totalmente saudáveis ao fim de 28 dias. Ao que tudo indica, TKM-ebola-guinea revelou-se eficaz ao bloquear os genes particulares do vírus, o que, por sua vez, impede a sua replicação.
A investigação, feita com macacos, ainda não teve a sua eficácia comprovada em humanos. Porém, a equipa liderada por Thomas Geisbert espera durante a segunda metade de 2015 divulgar os primeiros resultados da droga experimental em humanos. O sucesso dos primeiros ensaios experimentais em macacos permitiu uma validação pré-clínica para o início de testes clínicos em humanos já este ano, na Serra Leoa.
O ébola é uma doença que atinge seres humanos e outros mamíferos, provocada pelo ébola vírus. Os sintomas surgem durante duas, a três semanas, após a contração do vírus. Febre, garganta inflamada e dores de cabeça são os primeiros sintomas, seguidos por vómitos, diarreia, insuficiência hepática e renal. O vírus pode ser adquirido através do contacto com o sangue ou outros fluidos biológicos de um ser humano ou animal infetado.
Até hoje ainda não foi desenvolvida nenhuma vacina ou tratamento contra a estirpe, apenas foram desenvolvidos medicamentos para surtos anteriores da doença, identificados desde 1976.
A epidemia mais fatal do ébola, ocorrida no oeste africano durante o ano passado, permitiu à OMS (Organização Mundial de Saúde) autorizar novos testes de drogas contra a doença.


Fontes:
BBC News
SIC Notícias
Semanário SOL
Agência LUSA
Foto: BBC News

Soraia Ferros
Ana Catarina Silva


Sem comentários:

Enviar um comentário

Deixe-nos a sua opinião sobre o artigo ou sugestões.