quinta-feira, 23 de abril de 2015

Turismo religioso aposta em aldeias judaicas

A herança judaica é o novo nicho de exploração do turismo religioso. Com importantes aldeias históricas onde a cultura judaica se mantém presente, Portugal está a investir em programas de atração turística. Trezentos milhões de turistas e aproximadamente cerca de 13 mil milhões de euros é quanto se estima valer anualmente o sector do turismo religioso a nível mundial segundo cálculos da Associação Mundial de Viagens Religiosas.  




No século xv, Portugal tornou-se o mais importante centro da cultura sefardita por ter recebido, temporariamente, os grandes sábios judeus da época, entre os quais Isaac Aboab, o líder espiritual da comunidade judaica da Península Ibérica, Salomão Ibn Verga, autor de Schébet Yehudah (A Vara de Judá, crónica em que narra a vida dos judeus na península), e Abraão Saba, exegeta, pregador e cabalista. Diversas vilas e cidades portuguesas que outrora acolheram o povo judaico, tornam-se agora pontos turísticos religiosos por conservarem a marca e a cultura do judaísmo.

A dimensão do mercado e turismo religioso está a ser definido como um dos produtos estratégicos na promoção turística portuguesa apostando em planos de promoção, campanhas online, operadores e companhias aéreas que envolve mercados de motivação católica. Para quem quiser visitar Portugal, há já rotas pré-definidas que levam a conhecer os principais focos da religião judaica.

Localizada na Serra da Estrela, a vila de Belmonte detém um importante facto da história judaica. Esta pequena região está intimamente relacionada com a resistência dos judeus à intransigência religiosa na Península Ibérica. Muitos foram expulsos, outros resistiram por terras lusas convertendo-se ao cristianismo mas mantendo no seio familiar as tradições judaicas. De geração em geração a vila conserva as marcas de um tempo difícil provadas pela componente humana que ainda lá existe. Belmonte é assim uma das principais vilas do turismo religioso a nível judaico vendo nascer na última década um hotel de luxo e um museu que nos primeiros três anos recebeu 14 mil visitas.

O interesse no Portugal judaico tem crescido e as sinagogas recebem cada vez mais visitantes. O mercado turístico religioso cresce a passos largos e Portugal está a apostar forte no seu desenvolvimento dando lugar à criação de emprego. 

Belmonte, Sortelha, Idanha-a-Velha, Monsanto, Castelo de Vide, Marvão, Tomar, Crato e Constância são os destinos que fazem parte da rota que a TravelTailors propõe na descoberta dos legados da Idade Média, das ordens religiosas e do povo judeu em Portugal. Vindos de todo o mundo, os turistas podem apreciar a gastronomia local destes pontos históricos que começam a promover cada vez mais o património dos judaicos. 


Carina Alves e Daniela Berrincha



Resultados positivos no tratamento experimental contra o ébola

Um medicamento experimental salvou macacos infetados com a estirpe Makona, do vírsus do ébola, a mesma estirpe que levou à morte de 10700 pessoas e que infetou outras 25800 no último surto do vírus.

TKM-ebola-guinea impede a replicação dos genes particulares do vírus

O estudo realizado pelo investigador Thomas Geisbert, da universidade do Texas, consistiu em infetar seis macacos da espécie rhesus, com a estirpe Makona do vírus ébola. Seguiu-se a divisão dos infetados em dois grupos, onde apenas um deles recebeu o tratamento experimental. Durante o estudo, verificou-se que os macacos não tratados acabaram por morrer nove dias depois do início do ensaio experimental e os outros três acabaram por revelar-se totalmente saudáveis ao fim de 28 dias. Ao que tudo indica, TKM-ebola-guinea revelou-se eficaz ao bloquear os genes particulares do vírus, o que, por sua vez, impede a sua replicação.
A investigação, feita com macacos, ainda não teve a sua eficácia comprovada em humanos. Porém, a equipa liderada por Thomas Geisbert espera durante a segunda metade de 2015 divulgar os primeiros resultados da droga experimental em humanos. O sucesso dos primeiros ensaios experimentais em macacos permitiu uma validação pré-clínica para o início de testes clínicos em humanos já este ano, na Serra Leoa.
O ébola é uma doença que atinge seres humanos e outros mamíferos, provocada pelo ébola vírus. Os sintomas surgem durante duas, a três semanas, após a contração do vírus. Febre, garganta inflamada e dores de cabeça são os primeiros sintomas, seguidos por vómitos, diarreia, insuficiência hepática e renal. O vírus pode ser adquirido através do contacto com o sangue ou outros fluidos biológicos de um ser humano ou animal infetado.
Até hoje ainda não foi desenvolvida nenhuma vacina ou tratamento contra a estirpe, apenas foram desenvolvidos medicamentos para surtos anteriores da doença, identificados desde 1976.
A epidemia mais fatal do ébola, ocorrida no oeste africano durante o ano passado, permitiu à OMS (Organização Mundial de Saúde) autorizar novos testes de drogas contra a doença.


Fontes:
BBC News
SIC Notícias
Semanário SOL
Agência LUSA
Foto: BBC News

Soraia Ferros
Ana Catarina Silva


Propostas económicas do PS e PSD-CDS para a próxima legislatura

(23 de Abril de 2014)

O PS tornou pública, esta terça-feira, dia 21 de Abril, as propostas alternativas económicas do grupo de trabalho composto por economistas e coordenado por Mário Centeno. O relatório intitula-se “Uma década para Portugal: Um cenário económico alternativo”. As propostas apresentadas devem integrar o programa eleitoral do partido socialista nas próximas legislativas.
Por: Adriana Ribeiro e Joana Santos
Nos cenários apresentados, pretende-se a eliminação gradual, até 2017, da sobretaxa de IRS (em duas fases, 50% em 2016 e 50% em 2017). Esta sobretaxa de IRS incide sobre os rendimentos obtidos por trabalhadores dependentes e pensionistas, residentes em Portugal. Até 2019 a sobretaxa no IRS deverá ser completamente eliminada, com um ritmo de eliminação da sobretaxa de 0,875 pontos. O grupo de trabalho estima que o impacto orçamental no segundo ano de redução desta receita fiscal se situe nos 430 milhões de euros, valor que, acredita, terá “um impacto positivo na atividade económica”.
Quanto à reposição dos salários na função pública, os socialistas pretendem repor os cortes salariais 40% ao ano, entre 2016 e 2017. Duas vezes mais rápido do que o previsto pela maioria do PSD-CDS, que apresentou uma reposição de 20% ao ano, até 2019. Será ainda feita, já para o ano de 2016, uma redução do IVA da restauração para 13%.
A proposta económica dos socialistas prevê grandes alterações nas contribuições para a segurança social, primeiro uma redução gradual até 2018, depois uma reposição gradual ate 2026. Por conseguinte, na folha salarial mensal dos trabalhadores por conta de outrem e daqueles que têm rendimento independente (que abrange os recibos verdes), os socialistas querem uma redução dos atuais 11% da Taxa Social Única (TSU) para 9,5% em 2016, 8% em 2017, e 7% em 2018. A partir de 2019, a taxa contributiva aumenta 0.5 p.p./ ano, sendo reposta na totalidade em 2026. “Estas alterações são aplicáveis apenas a trabalhadores com menos de 60 anos e cuja atual taxa contributiva seja a máxima em vigor. Não põe em causa o financiamento intertemporal da Segurança Social”, lê-se no documento apresentado nesta terça-feira.
Os socialistas querem que, a partir de 2021, as novas pensões sejam assentes “na proporção da menor contribuição”, ou seja, a aplicação deste quadro apenas terá “efeito entre 1,2 e 2,6% e só será sentido nas pensões a receber a partir de 2027”.
Nesta proposta existem ainda várias alterações quanto ao financiamento da Segurança Social. O partido socialista propõe que passem a ser canalizados para a segurança social o imposto sucessório para as heranças de maior valor, concretamente a partir de um milhão de euros. Outros pontos elencados neste capítulo são também a “reversão da redução planeada do IRC e consignação da receita; mecanismo de penalização das empresas com rotação excessiva de trabalhadores, dado que impõem custos ao sistema de proteção social que não são financiados pelas empresas” lê-se no documento.
Estas três medidas com vista ao alargamento do financiamento da Segurança Social “são utilizadas para compensar numa redução da taxa contributiva a cargo do empregador até 4 p.p. para todos os contratos permanentes”, justifica a proposta, e será, acreditam os economistas do PS, um “estímulo à contratação permanente”.
A proposta socialista prevê ainda que os contratos a prazo sejam limitados apenas à substituição temporária de trabalhadores. Isto é, “deixa de ser regra universal de contratação, sendo restringida a sua utilização apenas a situações de substituição de trabalhadores”, refere o documento. Com esta medida, pretende-se uma limitação da aplicação desta possibilidade de contratação, privilegiando assim o contrato a termo incerto.
            A proposta económica do grupo liderado por Mário Centeno aposta também na “via conciliatória na cessação de contratos de trabalho com aumento das indemnizações”, tendo o empregador, no caso de novos contratos, que apresentar “todos os motivos de razão económica (de mercado, estruturais e tecnológicas) que tenham posto em causa a sobrevivência do emprego”. Neste regime as indeminizações passam para 18 dias nos primeiros 3 anos de trabalho e após esse período, para 15 dias por ano trabalhados.
O cenário económico proposto pelo PS inclui um complemento salarial com vista a uma maior equidade social. Assim sendo, os socialistas pretendem aplicar um “crédito fiscal” nos rendimentos do trabalho em função dos rendimentos e da composição do agregado familiar. Esta proposta de complemento salarial será atribuída apenas a “indivíduos que declararam rendimentos no trabalho” e que tem como pressuposto também servir de “incentivo à integração no mercado de trabalho”, sendo encarado pelos socialistas como um “mecanismo universal de combate à pobreza através da promoção do  emprego”. No âmbito da equidade social, o partido socialista também pretende uma “reposição dos mínimos sociais” nas famílias com rendimento social de inserção, complemento social de idosos e abono de família.
O cenário macroeconómico apresentado pelo PS para além de cumprir com os compromissos assumidos com a UE pretende crescer mais do que o previsto pela Comissão Europeia.
Logo apresentadas, as medidas foram analisadas. As conclusões dessas análises indicam que as medidas propostas pelo PS irão custar 460 milhões de euros em 2016. Os cálculos feitos por um grupo de economistas mostram que o conjunto de medidas vai ter um impacto negativo líquido nos dois primeiros anos da legislatura. Segundo os especialistas, a proposta mais problemática para as contas públicas é a descida gradual da Taxa Social Única (TSU) nas empresas e trabalhadores. A redução, nos trabalhadores, vai passar dos atuais 11% para 7% em 2018. No entanto, os efeitos serão apenas sobre o salário base e para trabalhadores com menos de 60 anos. No geral, a diminuição da taxa de contribuição para a Segurança Social vai retirar aos cofres do Estado 420 milhões. A segunda medida mais penalizadora para as contas nacionais será a eliminação da sobretaxa do IRS. Com a retirada de 312 milhões de euros. Por outro lado, surgem as poupanças sectoriais/juros que irão gerar mais de 220 milhões de euros. Tornando-se assim a medida que mais encaixe positivo vai apresentar para o Estado no próximo ano.
A estimativa feita pelos economistas inclui as medidas de impacto positivo, ou seja, aquelas que reduzem a despesa ou aumentam a receita e as medidas de impacto negativa, que aumentam a despesa ou diminuem a receita. Na apresentação do relatório, o economista coordenador deste trabalho, Mário Centeno, revelou um gráfico que mostra que tanto em 2016 como em 2017 o saldo orçamental seria negativo. As medidas só se irão tornar positivas na segunda metade da legislatura, ou seja a partir de 2018.

Por outro lado, estão as medidas propostas pelo PSD/CDS. Se os partidos do Governo ganharem as eleições, a previsão para os funcionários e empresas públicas terão os salários completamente repostos em 2019, contra a previsão de 2017 apresentada pelo PS. Outra medida é a redução da despesa das pensões que terão que valer 600 milhões de euros. Maria Luís Albuquerque, ministra das finanças, quanto a esta proposta diz estar disposta a discutir com o PS. A ministra admite que existe um problema de sustentabilidade do sistema de pensões que ainda não foi possível resolver mas que o Governo está aberto e disponível para discutir soluções. A Contribuição Especial de Solidariedade (CES), aplicada às pensões de valores mais elevados será reduzida para metade em 2016 e prevê-se que em 2017 já não exista. O Governo diz-se mais otimista com a economia nos próximos anos. Com a previsão de um contínuo crescimento do PIB, o decréscimo da taxa de desemprego em duas décimas (13,2% em vez dos previstos 13,4%), a ministra afirmou que a posição do Governo quanto às medidas temporárias será mais rapidamente revertida quanto a situação económica o permitir. 
Espaços históricos e degradados, uma esperança de novas indústrias

  São vários os edifícios e espaços, históricos e degradados, que têm sido reaproveitados para a conceção de novos museus ou locais de novas indústrias criativas. A Covilhã tornou-se um exemplo de transformação de imóveis, que foi necessária segundo o desenvolvimento das novas economias e novos modelos de negócio.
Por: José Carlos Costa e Anabela Carvalho

  Com o passar dos anos e o evoluir da história, diversos imóveis foram demonstrando as rugas do tempo. O surgimento de novas economias transformaram diversas cidades, principalmente as que se centravam em áreas de produção que foram ultrapassadas por novos modelos de negócio.
  A Covilhã é uma dessas cidades que durante séculos se dedicou à manufatura. Conhecida por muitos como a “Manchester portuguesa”, a Covilhã tem na sua natureza geográfica um forte motor impulsionador para o desenvolvimento de atividades têxteis, falamos das zonas ribeirinhas que tornam os terrenos circundantes em fortes potencialidades agro-pecuárias que levaram ao desenvolvimento de moinhos, lagares, pisões, tintes e tendas, e lavandarias com águas ideais para o tratamento de lãs. Iniciava-se então, no século XVII, uma era áurea da cidade serrana. No século XX, o mundo começou a transformar-se através do desenvolvimento industrial e um século depois, toda as alterações que foram levadas a cabo, originaram a conceção de uma nova sociedade, marcada por uma nova economia.
  Em Portugal, os sinais dessa nova economia começaram a ser notados após a queda do regime ditatorial salazarista. O país ibérico era até então um espaço territorial fechado no que toca a novas transformações, virado para as tradições. A partir de 1974 o país “abriu-se” ao mundo e entrou numa transformação galopante com as atividades primárias, que até então eram dominantes, a ganharem papel “secundário”.
  De regresso à cidade que se encontra na encosta da Serra da Estrela, os lanifícios e a indústria têxtil passaram também para segundo plano e outros modelos de negócio acabaram por surgir. Nesse momento, a cidade soube lidar com a transformação e começou a implementar os novos modelos em locais desabitados pela fervura fabril que se vivera até então. Em 1973, na conhecida Real Fábrica dos Panos, nasce o Instituto Politécnico da Covilhã. No mesmo local onde em 1784 eram manufaturadas tinturaria e acabamento de tecidos, produzia-se agora o ensino. Anos mais tarde, aquele que começou por ser um Instituto Politécnico virou Universidade e este começou a ser o motor principal de uma nova cidade. Este terá sido o pontapé de saída para a aproveitação de espaços históricos e de degradação nesta cidade que nos anos seguintes levou a novas transformações desses espaços. O mesmo edifício e outros circundantes acabaram por se tornar museus, onde a densa história dos lanifícios é relembrada e o património é conservado.

  
Sobre a zona histórica da cidade, que acabou por perder o estatuto de CBD (Central Business District – distrito urbano que funciona como principal polo financeiro e comercial de uma cidade) para novas zonas comerciais, diversos edifícios foram restaurados e tornados em museus, como exemplo do Museu de Arte e Cultura, Museu de Arte Sacra e a Casa dos Magistrados. Outro fenómeno de reaproveitamento de zonas degradadas para novos espaços de cultura e arte, foi o surgimento do Projeto Wool. Falamos de Arte Urbana que tem como objetivo criar novos circuitos de roteiros turísticos de forma a fomentar a economia da cidade e despertar a mentalidade das pessoas. 

  
  São já vários os pontos na cidade em que diversos edifícios abandonados e degradados viraram locais atrativos de passagem obrigatória. Ainda assim são muitos os locais históricos que se encontram abandonados mas não esquecidos. Recentemente a edilidade local, na celebração do dia do património, reabriu as portas da antiga fábrica “Nova Penteação”. Estima-se que existam 60 edifícios fabris no concelho que esperam novos investimentos para recuperação do património que se encontra degradado.
  Na zona histórica existem muitas habitações que podem ser reaproveitadas, tendo em conta que as pessoas tendem em deslocar-se para a “periferia” da cidade. Estas transformações acabam por ser dispendiosas e o dinheiro, atualmente não abunda. Sinal desse facto foi a demora que a reabilitação do antigo sanatório levou. Foram nove os anos que levaram ao restauro de um edifício mítico que se encontrava em perfeito estado de deterioração, este foi alvo de grande investimento e tornou-se numa Pousada atrativa que embeleza a encosta do maciço central.
   



   No entanto, não só a Covilhã é exemplo da musealização e restauro de espaços degradados. As cidades de Évora e Guimarães tornam-se um exemplo de locais degradados e desabitados pelo tempo e que transformaram os seus locais históricos em locais de passagem. A cidade de Guimarães para além de ter reabilitado espaços transformando-os em museus, promove várias atividades de cariz cultural inserida no centro histórico da cidade, classificado já Património Mundial pela UNESCO em 2001. Em Évora vários espaços viraram museus, exemplo disso é o largo Conde Vila Flor que alberga as ruinas do templo Romano, o Museu de Évora, o Palácio dos Duques de Cadaval, entre outros. Os museus são compreendidos como instituições permanentes a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, que coleciona, conserva, pesquisa, comunica e exibe, para o estudo, a educação e o entretenimento e evidencia o material do homem e do seu ambiente.
  















  O reaproveitamento tem sido um fenómeno dominante que acaba por originar um enriquecimento económico e cultural das cidades. O surgimento de indústrias criativas ligadas à geração e exploração do conhecimento e informação tem sido apanágio no que toca a este fenómeno da restauração e musealização de zonas degradadas.




Google anuncia operadora exclusiva para o Nexus 6

O Google anunciou no dia 22 de Abril o seu serviço de telecomunicações. Os usuários do Nexus 6 e residentes dos Estados Unidos são por enquanto os únicos que podem utilizar o Projecto Fi. Com cobertura para cerca de 120 países, esta inovação utiliza os vários pontos da rede para dar ao utilizador uma cobertura mais rápida.

Bruno Silveira e Liliana Serafim

O Projecto Fi permite navegar com maior velocidade em mais lugares. Usando esta nova tecnologia, melhora significativamente as conexões Wi-Fi, aproveitando as várias redes que existem ao nosso redor para nos oferecerem um sinal com melhor qualidade. Habitualmente, os telemóveis apenas conseguem obter sinal de torres com uma rede, mas com o Projeto Fi, os telefones irão alcançar as redes 4G e LTE, o que permite uma rápida ligação a outras torres, obtendo a velocidade máxima num variado número de lugares. Apesar da utilização de várias redes públicas, a privacidade do utilizador está assegurada, através de uma Rede Privada Virtual (VPN), que o envia a uma conexão segura. O Projeto Fi utiliza neste momento as duas principais operadores do EUA, Sprint e T-Mobile, permitindo uma boa cobertura no território norte americano.

                                    o site oficial disponibiliza um mapa dos 
                              EUA com as coberturas de rede de cada Estado

O Nexus 6 é o primeiro smartphone a suportar o Projeto Fi. Com utilização de SIM único, este telemóvel tem capacidade para acessar a várias redes e um rádio Qualcomm capaz de trabalhar com essas mesmas redes, permitindo desta forma alcançar a velocidade desejada. Uma das preocupações dos criadores da Google baseou-se no desgaste da bateria do dispositivo. Mesmo alternando entre as redes, esta criação não irá gastar mais que o necessário, permitindo uma utilização normal do smartphone, sem que este fique constantemente sem bateria. Os utilizadores norte-americanos que tenham um Nexus 6 podem através de um convite, começar a usufruir esta nova aplicação. Este telemóvel tem um custo de mercado que varia entre os 650 aos 700 dolares, sem incluir os impostos.



Para usufruir do Projeto Fi, o custo de subscrição está estipulado nos 20 dolares por mês, com chamadas e mensagens ilimitadas, baixo custo nas chamadas internacionais e wi-fi tethering. Para além destas vantagens, o utilizador tem a possibilidade utilizar um tráfego extra, pagando mais 10 dolares por cada GB utilizado. Com um orçamento definido a cada mês, o utilizador só paga o que utilizar, sendo reembolsado caso não atinja os valores que pensou gastar em tráfego.
A criação do Google tem como objectivo alternar entre rede móvel e o Wi-Fi, dando ao utilizador o sinal que estiver mais forte. Esta troca é automática, mesmo que o utilizador esteja a meio de uma chamada, impedindo este de perder a ligação com sinal fraco. Outra das vantagens está ligada ao número de telefone ficar registado nos servidores do Google, sendo usado posteriormente para chamadas ou sms a partir do telefone, tablet ou portátil.

A volta do catolicismo conservador faz o número de adeptos cair 19,6% no último século

A diferença de credo entre católicos e protestantes tem a sua
origem na Reforma do século XVI
Desde que os estados começaram a se tornar laicos, o número de católicos no mundo começou a diminuir. Embora a queda tenha ocorrido gradualmente entre as décadas de 1920 e 1940, a volta do catolicismo conservador após a morte do Papa João XXIII, em 1963, e com o surgimento de novos direitos civis, não aceitos pela igreja, fez com que o número de católicos no mundo despencasse de 48,5% da população mundial para 29,6%.

O sociólogo Emir Sader aponta outros fatores para o declínio da igreja católica. Para ele, aliam-se ao conservadorismo os problemas de corrupção e escândalos sexuais enfrentados pelo catolicismo. “No começo do capitalismo, a Igreja católica condenava os juros e, com eles, os banqueiros. Em primeiro lugar, porque com os juros a pessoa ganha com o suor do rosto alheio e não com o seu próprio suor. Em segundo, porque o tempo pertenceria a Deus e não ao banqueiro, que lucra apenas com o passar do tempo. Hoje a Igreja tem bancos que vivem dos juros, especulam, e entram nas negociatas financeiras” destaca o sociólogo.

Sobre os escândalos sexuais envolvendo padres e bispos, Sader é ainda mais crítico. “Os escândalos sexuais são uma manifestação clara que é impossível uma grande quantidade de pessoas se absterem de atividades sexuais. No caso da Igreja – uma instituição sumamente conservadora nos temas ligados à mulher, ao casamento, ao aborto, ao homossexualismo – se refletiu nas modalidades mais cruéis de vida sexual – a pedofilia”.

A outra face da queda do número de católicos pelo mundo é o consequente aumento de adeptos a outras religiões, como o protestantismo. Um movimento que iniciou na Europa Central no início do século XVI como uma reação contra as doutrinas e práticas do catolicismo romano medieval. O termo protestante é derivado do latim protestari que significa declaração pública ou protesto, relacionando-se diretamente com o inconformismo em aceitar algumas práticas da Igreja Católica.

Enquanto a população católica mundial é de 1,78 bilhão de fiéis, número considerado baixo para uma crença existente há mais de 2 mil anos, os protestantes já chegam aos 801 milhões de adeptos em menos de 500 anos. Embora ambas as religiões tenham surgido na Europa, é nas Américas que está o maior número de praticantes. De acordo com o Instituto Pew Research, 25% dos católicos de todo o planeta estão na América do Sul, enquanto 20% dos protestantes estão na América do Norte.

Um dos principais meios de conquista de adeptos protestantes, vem da ligação direta com Deus, onde cada pessoa pode se relacionar diretamente com ele, sem a necessidade de um intermediário, diferentemente do catolicismo, onde o único método de se obter a “salvação” é através de pessoas santificadas como padres e bispos.

Martinho Lutero, líder da
Reforma Protestante
O protestantismo em terras brasileiras

O protestantismo foi trazido ao Brasil pelos holandeses em 1625 e seus seguidores foram chamados de evangélicos. Em 1970, o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrava cerca de 4,8 milhões de evangélicos. Dez anos depois, em 1980, o número já era de 7,9 milhões de seguidores. 

Em 1991 aumentou para 13,7 milhões, chegando a casa dos 29,1 milhões em 2005. O instituto estima que, atualmente, os evangélicos representam 24% dos brasileiros (aproximadamente 44,3 milhões de pessoas). Segundo o IBGE, se esse crescimento se mantiver estável ao longo dos anos, no ano de 2025, metade da população brasileira será evangélica.


Papa Francisco é uma das apostas da Igreja Católica para
atrair novos e velhos adeptos. Foto: Tiziana Fabi/AFP

A estratégia da Igreja Católica para reverter o declínio

Teólogos e sociólogos apontam a canonização de papas estimados pelos fiéis, como João XXIII e João Paulo II, como estratégia da Igreja Católica para conter o declínio do número de adeptos. Para o pesquisador Johnny Bernardo tanto a canonização dos papas quanto a escolha de Francisco como sucessor de Bento XVI visam fortalecer a estratégia romana de absorção do protestantismo brasileiro e mundial por meio do ecumenismo.

Além disso, Bernardo também aponta que as recentes atitudes da igreja mostram uma preocupação com o crescimento das crenças evangélicas. “A escolha de Francisco como sucessor de Bento XVI, teve como base o fato de que o referido possui um histórico de diálogo com grupos protestantes da América Latina e, também, pela proximidade com o Brasil, país este recentemente intitulado pelo New York Times como ‘um laboratório para reverter o declínio do catolicismo’” comenta Bernardo.

O sociólogo Emir Sader ainda acrescenta que além de dialogar com os protestantes, o papa Francisco terá de retomar a imagem carismática de João XXIII e João Paulo II e demonstrar uma certa disponibilidade da igreja para aceitar os avanços da sociedade civil.

Por Fábio Giacomelli e Tâmela Grafolin - 23/04/2015

Criação do Universo, diferentes teorias e explicações

     Por: Rui Reis

              A questão é intemporal, se os menos despertos intelectualmente sempre se limitaram ou a não questionar como tudo isto começou, ou por outro lado a agarrarem a teoria que lhes pareceu mais aceitável sem nunca a explorar verdadeiramente. Muitos foram também os que não se satisfizeram com o Criacionismo ou mesmo com o Big Bang. Existem mentes brilhantes na astronomia, na física, na quântica, na cosmologia que refutaram as teorias tidas como mais concretas. 
     

Imagem ilustrativa do Big Bang
A ciência e a religião sempre foram campos de oposição, de choque e controvérsia. A história prova isso, veja-se por exemplo o caso de Galileu que teve de negar a sua teoria heliocêntrica, a teoria correta, ou então a inquisição iria condenar o físico Italiano. Na explicação para a criação do Universo a religião e ciência opõem-se uma vez mais, o Cristianismo assenta no Criacionismo para explicar o universo, o livro do Genesis é suficiente para a compreensão. Uma teoria simples que afirma “Deus criou o céu e a terra” e depois então criou o Homem, modelado no barro que ganha vida com um sopro divino. E então o que havia antes da criação do Universo? O cristianismo cita normalmente Santo Agostinho, que na sua obra refere que antes de criar o Universo, Deus estava a criar o inferno. 
Cientificamente, a teoria mais aceite é a teoria do Big Bang, uma teoria apresentada em 1948 pelo cientista George Gamow, nascido na antiga união soviética, embora as suas teorias mais notáveis tenham já sido desenvolvidas em solo Americano. O cientista soviético apresentou a teoria em colaboração com Georges Lemaître, que era um astrónomo e curiosamente padre de origem Belga. Em linhas gerais a teoria do Big Bang propõem que uma grande libertação de energia no seguimento de uma explosão cósmica criou o espaço-tempo há cerca de 10 ou 20 bilhões de anos atrás. O universo estava compactado num ponto minúsculo, em consequência origina-se uma explosão, seguida de uma expansão de espaço em todas as direcções que milhões de anos depois resultaria na formação de uma nuvem de gás que por sua vez termina na criação de aglomerados de corpos celestes que mais não são do que galáxias. 
Michio Kaku e a Equação da Teoria das Cordas
A “Teoria de Tudo” o nome do novo filme sobre a vida de Stephen Hawking, um filme sobre uma mente brilhante, uma autoridade no mundo da macro física que não deixa que a sua condição física limite a sua produção teórica. Recentemente Stephen Hawking, refutou por completo o Criacionismo, o que aliás não é admirar, afirmando que “Deus não é suficiente para explicar o surgimento do universo” numa conferência em Tenerife. Ainda nesta conferência em que provou uma vez mais a sua genialidade, Hawking interpretou a Teoria do Big Bang como a mais acertada, referindo-se à descoberta na Estação Polar Amundsen-Scott, na Antártica que vem confirmar que o universo nasceu com essa explosão cósmica. Aludindo à descoberta das primeiras ondas após a explosão cósmica que originou o Universo, uma descoberta de um telescópio norte-americano naquela estação no polo sul. 
Uma teoria mais complexa tem vindo a ser explorada nos últimos tempos, a teoria das cordas, esta teoria como explica o professor Michio Kaku vem no seguimento de uma falha na Teoria do Big Bang que falha quando se aplicam as equações de Einstein ao instante da explosão do Big Bang. Como explica Kaku “ a teoria das cordas leva-nos para antes do Big Bang, e antes do próprio Genesis…”. A teoria das cordas explica ainda que existe um “multiverso de universos”, e que há mais do que um universo, que se podem juntar ou dividir e isso são os “Big Bang´s”. Esta teoria na sua expansão mais extremista equaciona ainda a viagem entre “Universos” através do ficcional “Buraco de Minhoca”, embora os partidários desta tese ainda definam esta concepção como um tanto utópica, mas que pode resolver as equações de Einstein. Esta teoria propõem também que existem 10 dimensões mais uma que é o tempo, dessas dimensões usamos apenas 4 e as restantes ainda se encontram emaranhadas entre si e por conseguinte inacessíveis. De acordo com esta teoria, a quantidade de universos poderá chegar a mais de 10 mil e o nosso universo é apenas mais uma versão, uma teoria que afirma que afinal o Universo não conspirou a nosso favor e é apenas mais um grão de areia.
Várias são as teorias, mas apenas as que mais comprovadas e seguidas são podem ser tidas em conta no momento de tentar explicar a origem do Universo, as mais comprovadas pela autoridade dos seus promotores, pois nomes como Hawking, Kaku, Gamow ou até mesmo Einstein têm de ser interpretados com a devida importância. Por outra lado os seguidores da teoria do Criacionismo merecem também o devido respeito pela sua crença e pelo leigo argumento de que a ciência ainda não explicou tudo, e que sirva de mote o facto da ciência ainda não conseguir explicar tudo para que venha a conseguir explicar. 













quinta-feira, 16 de abril de 2015

David Machado conquista o terceiro Prémio Europeu de Literatura

O escritor David Machado é o terceiro português a vencer o Prémio da Literatura da União Europeia em 2015. Nascido em Lisboa em 1978, David Machado licenciou-se em Economia pelo ISEG, mas decidiu trocar os números pela escrita de ficção e literatura infantil. Numa entrevista concedida ao jornal Observador, David Machado afirmou que isso aconteceu quando concluiu o curso de economia e ficou desempregado.
Bruno Silveira e Liliana Serafim

Desde criança que o autor gostava de ler, mesmo entrando na faculdade num curso totalmente diferente, a escrita continuou a ser sempre uma rotina, pensando sempre no futuro na publicação de livros. O autor refere que sentiu algumas dificuldades em escrever para adultos afirmando que “durante dois anos escrevi para adultos e sem conseguir publicar nada”.
Em 2005, a sua obra para crianças “A noite dos Animais Inventados” foi galardoada com o prémio Branquinho da Fonseca da Fundação Calouste Gulbenkian e do jornal Expresso. Cinco anos mais tarde, “o Tubarão na Banheira” foi o grande vencedor do prémio da Sociedade Portuguesa de Autores/RTP na categoria literatura infantil e de juvenil.


O livro “Índice médio de felicidade” traduz as dificuldades vividas por um homem numa época de crise que procura encontrar o seu próprio bem estar. Felicidade e esperança são temas bases desta obra que representa um romance do futuro, aliado às dificuldades financeiras de perder o emprego e ter a família para sustentar. O livro confirma o talento de David Machado, considerado por muitos como um dos melhores ficcionistas da sua geração.





Prémio da União Europeia da Literatura

O prémio da União Europeia para a Literatura foi lançado pela Comissão Europeia em 2009, na altura indo de encontro às comemorações do Ano Europeu da Criatividade e Inovação. Foca-se principalmente na criatividade e no património da literatura europeia contemporânea, promovendo a livre circulação de obras na Europa e alargando o interesse nas obras internacionais. Com um prémio avaliado em 5000 euros para cada um dos vencedores, esta vertente está direcionada para um dos 37 países que participam no programa Europa Criativa. Para se habilitar ao prémio, o escritor deverá ser elegido pelo seu país como jovem romancista e ter entre dois a quatro livros de ficção, publicados cinco anos antes da data do prémio. Desde o lançamento do prémio em 2009, já foram concedidos apoios financeiros a cerca  de 203 traduções dos 56 livros vencedores.

Outros vencedores do Prémio de Literatura da União Europeia

Dulce Maria Cardoso

Em 2009, o livro “Os Meus Sentimentos” de Dulce Maria Cardoso foi um dos vencedores do Prémio da União Europeia para a Literatura. A escritora de 40 anos portuguesa venceu este prémio logo na primeira edição. Nascida em Trás-os-Montes, lançou o seu primeiro romance em 2001, através de uma bolsa de criação literária do Ministério da Cultura, vencendo com a obra “Campo de Sangue” o Grande Prémio Acontece de Romance. Em 2010, o “Chão dos Pardais” valeu-lhe o Prémio Pen Club Portugues. No ano seguinte, publica mais um romance, intitulado “O Retorno” e desde então virou-se para os mais jovens, publicando dois livros infantis e um conto.

Afonso Cruz

Afonso Cruz foi o segundo português a receber o prémio de Literatura da União Europeia, no ano de 2012 com o livro “A Boneca de Kokoschka”. Nascido em 1971 na Figueira da Foz, Afonso Cruz é conhecido também como músico, ilustrador e realizador de filmes de animação. A sua carreira como escritor iniciou-se em 2008 com a publicação do seu primeiro romance “A Carne de Deus – Aventuras de Conrado Fortes e Lola Benites”. 

Um ano mais tarde, Afonso Cruz recebeu o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com a obra “Enciclopédia da Estória Universal” e o Prémio Literário Maria Rosa Colaço com o romance “ Os Livros Que Devoram o Meu Pai. Em 2011, “A Contradição Humana” foi vencedor do Prémio Autores da SPA/RTP.





Pesquisa de universidade canadense indica relação entre tabagismo e lesões no córtex cerebral

Fumar acelera o afinamento do córtex cerebral. Este foi o resultado da pesquisa feita pela Universidade McGill, no Canadá. A qual aponta as mais de quatro mil substâncias presentes no cigarro como responsáveis pela oxigenação inadequada do cérebro, que pode estar causando a redução da glândula.
O psiquiatra que liderou o estudo sobre o efeito do tabagismo no cérebro, Sherif Karama, explica que com o passar dos anos é natural que o córtex cerebral reduza de tamanho.

No entanto, o afinamento da camada é acelerado com a presença do tabaco no organismo. “O córtex cerebral sem lesões possui entre dois e seis milímetros. Com as lesões provocadas pelo uso do cigarro a espessura da glândula pode chegar a zero” aponta o psiquiatra.

O córtex cerebral é a camada mais externa do cérebro. É rico em neurônios e responsável pelo processamento neuronal mais sofisticado e distinto, que controla o nosso lado racional, como a linguagem, capacidade de atenção, a percepção e a capacidade de aprendizagem. Uma lesão dessa camada geralmente compromete a capacidade do indivíduo de pensar, de controlar as emoções e de comportar-se normalmente.

Imagem apresenta as divisões do córtex cerebral
O estudo foi feito com 504 voluntários, na faixa dos 70 anos, entre fumantes, não fumantes e ex fumantes e ainda constatou que deixar de fumar faz a velocidade de afinamento do córtex voltar ao normal, como explica Karama. “Aqueles que pararam de fumar há mais tempo tinham o córtex mais espesso do que os que haviam deixado o cigarro recentemente. Independentemente do tempo que cada um deles havia fumado”.

Em entrevista a revista Ciência Hoje, do Brasil, Karama foi perguntado se um ex-fumante poderia voltar a ter o córtex cerebral com espessura normal. E ele foi taxativo na resposta. “Nossos dados mostram que ex-fumantes, como um grupo, podem acabar tendo a mesma quantidade de córtex (em algumas áreas) como a de pessoas que nunca fumaram.” O médico ainda pontua que tudo depende de quanto tempo as pessoas pararam de fumar e de quantos cigarros fumavam por dia. Karama, no entanto, diz que essa afirmação precisa de comprovação em experimentos com mais indivíduos. Já os  mecanismos por trás dessa recuperação ainda são desconhecidos.

O quadro abaixo apresenta as divisões do córtex cerebral, em relação com a imagem do cérebro colorido acima:

Quadro explicativo em relação a imagem da divisão do Córtex Cerebral


Portugueses estão deixando de fumar

De acordo com Direção Geral de Saúde portuguesa, um em cada 100 portugueses está deixando de fumar. Os dados foram levantados junto ao iCoach, aplicativo que auxilia a deixar o tabagismo, e representam cerca de 2 mil pessoas, já que 21% da população portuguesa é fumante.

Com base nessas informações, o governo português decidiu revisar a lei do tabaco e anunciou, no início de 2015, a criação de uma linha telefônica de apoio à cessação tabágica. O Ministério da Saúde ainda revelou que vai comparticipar em 40% dos medicamentos para os portugueses que pretendem deixar de fumar.

"A abordagem medicamentosa é apenas uma parte e não a mais significativa dos programas de desabituação. A maioria das desistências dos programas não tem a ver com os medicamentos", afirmou, em entrevista ao Diário de Notícias, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, Fernando Leal da Costa

Outras medidas adotadas pelo governo português estão expostas no relatório do Programa Nacional de Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPCT), divulgado em setembro de 2014 e que traz dados reais da situação no país até o ano de 2012.

O gráfico abaixo, divulgado pelo PNPCT, apresenta indicadores de mortalidade relativos a doenças relacionadas com o tabaco (todas as idades, <65 anos e ≥65 anos), por sexo, em Portugal Continental (2008 a 2012)



O estudo ainda aponta que, no sexo masculino, fumar é a segunda causa, a seguir aos riscos alimentares, que leva a perda de anos de vida saudável. No sexo feminino, que tem apresentado consumos de tabaco inferiores aos do sexo masculino, fumar constitui a 7.ª causa de perda de anos de vida saudável, a seguir aos riscos alimentares, hipertensão, obesidade, sedentarismo, intolerância à glicose, e uso de álcool (GBD 2010; IHME, 2013).



Por Fábio Giacomelli e Tâmela Grafolin - 16/04/2015

Cristianismo a religião mais perseguida

Por: Rui Reis m6465


São vários os ataques que o cristianismo tem vindo a sofrer, o alerta foi dado pelo Papa Francisco e relembrado por D.Manuel Clemente durante a conferência episcopal Portuguesa (CEP), que se realizou em Fátima no passado dia 13.


O patriarca de Lisboa citou o Papa Francisco para dar conta da grave situação que alguns cristianos vivem em determinados países, sobretudo no continente Africano e também no Médio Oriente, num momento em que o fundamentalismo Islâmico continua numa escalada sem precedentes. Durante a CEP o Bispo do Patriarcado de Lisboa relembrou como exemplo o sucedido no Quénia.


O CEP é a reunião magna dos Bispos Portugueses, e por tal D. Manuel Clemente fez questão de reafirmar a solidariedade das dioceses Portuguesas para com os alvos das perseguições, atentados e massacres religiosos, salientando que “têm compartilhado esta preocupação, com oração e ajudas materiais.”


No Domingo de Páscoa já o Papa perante milhares de fiéis na Praça de São Pedro havia denunciado esta perseguição, denunciando-a como uma grave violação dos Direitos Humanos, referindo que “é necessário que a sociedade no seu todo mantenha este ponto na sua agenda política e humanitária.”

O Fundamentalismo Islâmico e a sua Escalada

O constante crescer dos grupos radicais Islâmicos é notícia diária, e merece o alerta internacional, o Estado Islâmico e a inclusão voluntária de jovens ocidentais nas suas fileiras tem vindo a ser motivo de temor a esta guerrilha que se fundamenta erroneamente no Corão e no profeta. Desde os ataques ao Charlie Hebdo toda esta situação tem vindo a ser ainda mais debatida. É assim, desta forma que o Cristianismo ocupa agora a posição de perseguido, da religião mais perseguida.

Novos estudos apontam ainda para que durante este século o Islão venha a tomar a primeira posição das religiões monoteístas com mais seguidores. Esta conclusão é do “Pew Research Center”, um think tank norte-americano, que inúmera a média de idades mais baixa e o facto de terem mais filhos como o motivo essencial deste crescimento. Actualmente o Cristianismo ocupa o lugar cimeiro com 2,2 bilhões de crentes seguindo-se o Islamismo com 1,6 bilhões segundo dados da “The Association of Religion Data Archives.” O pódio é fechado pelo Hinduísmo com cerca de 900 milhões de seguidores.

Note-se que o Cristianismo é cerca de seis séculos mais velho que o Islamismo, assim ao longo dos últimos 1400 anos esta diferença já foi muito esbatida e deverá ser mesmo culminada com a tomada da dianteira no ranking das religiões com mais seguidores por volta do ano 2070 segundo o mesmo estudo do “Pew Research Center”.

Incentivos à natalidade voltam à Assembleia da República

(16 de Abril de 2015)
                                                                                                      
Nos últimos dados disponibilizados pelo portal Pordata, a taxa de natalidade bruta em Portugal encontra-se nos 7,9%. Os valores são referentes ao ano de 2013 e colocam o país como o sexto mais envelhecido do mundo.

Por: Adriana Ribeiro e Joana Santos


Em quarenta anos, Portugal passou do país com maior taxa de natalidade da Europa para o lugar oposto na tabela. O número médio de filhos por família também diminui. Os valores situam-se agora nas 1,36 crianças por mulher em idade fértil. Outro estudo realizado pelo Eurostat, gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, indica que Portugal contraria a tendência verificada na Europa quanto ao crescimento da população. Com o nascimento, no ano de 2013, de 82,6 mil pessoas e a morte de 106,5 mil, o país estabelece um crescimento negativo de -23,8 mil pessoas. A juntar a estes valores surge o saldo migratório, também negativo de -36,2 mil habitantes. A soma de todos estes números indica que Portugal “perdeu” 60 mil habitantes entre o ano de 2013 e o ano de 2014.

No Inquérito à Fecundidade realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e a Fundação Francisco Manuel dos Santos revelou que os portugueses desejam ter mais filhos do que aqueles que realmente têm. Este “travão” à natalidade surge por vários motivos segundo Maria João Valente Rosa, demógrafa e professora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa. Para a especialista trata-se de uma paragem natural influenciada pelo importante valor que as crianças têm na sociedade. Muitas famílias decidem adiar o nascimento do primeiro filho até reunirem todas as condições necessárias para um bom crescimento da criança. Outra das razões apontadas e suportadas pelos valores do Pordata é que a idade média das mães no nascimento do primeiro filho também aumentou. Em 2013 o valor situava-se nos 29,5. Seis anos a mais do que se verificava na década de 80.

Esta situação demográfica causa várias consequências graves a médio prazo em Portugal. A principal é a insustentabilidade do Estado Social. Com uma população ativa cada vez menor, os descontos daqueles que trabalham não serão suficientes para pagar as reformas dos reformados. As gerações mais jovens enfrentarão problemas tais como o aumento das despesas com a saúde e com a segurança social, pagamento de reformas, novos gastos com assistência, e redução do número de população ativa.



Perante esta realidade, a Assembleia da República (AR) levou a discussão no passado dia 15 de abril, 20 propostas para estímulos à natalidade. As propostas vieram de vários partidos com assento parlamentar.

Em Portugal a falta de incentivos à natalidade, tanto das empresas como do Estado, tornam essa decisão mais tardia. Numa escala de 0 a 20, a motivação dos portugueses é de 12 valores, subindo 3 décimas desde o início do ano. É o que reflete o barómetro Kaizen num estudo feito em 58 empresas, tanto nacionais como multinacionais. A maioria dos empresários em Portugal reconhece que deve aplicar uma política de incentivo à natalidade, com flexibilidade dos horários e redução das horas de trabalho. Uma das conclusões dos estudos feitos, reflete que embora exista uma maior sensibilidade para a questão, a mulher retarda a decisão de ter filhos devido à falta de apoio e até conseguir estabilidade profissional.

«93% dos nossos inquiridos respondem que devem ter um papel ativo nessa mesma natalidade pelas suas responsabilidades sócio-económicas», indicou o diretor da Kaizen Institute Iberia, António Costa. «É o que devem fazer e estão a tentar fazer».

O barómetro Kaizen é um inquérito promovido pela Kaizen Institute, junto de um conjunto de empresas. O objetivo passa por analisar as motivações, preocupações e grau de confiança no meio empresarial português.

Por outro lado, segundo o decreto-lei nº308-A que entrou em vigor em Setembro de 2007, “as atuais tendências demográficas que se preveem para as décadas vindouras e que se traduzem num decréscimo significativo da taxa de natalidade, o XVII Governo Constitucional, no desenvolvimento das medidas previstas no respetivo programa e no acordo da reforma da segurança social, decidiu implementar um conjunto de medidas especificamente direcionadas para as famílias, criando incentivos adicionais, no sentido de controlar e contrariar essa realidade e os problemas dela resultantes.”. Esses incentivos passam pelos abonos de família pré-natal, e por uma majoração dos abonos de família a crianças e jovens nas famílias mais numerosas.

No entanto, estas medidas já implementadas não são as suficientes para repor a estabilidade demográfica. Entre as propostas levadas a discussão na AR estão a introdução da meia jornada. Esta nova modalidade de horário para a função pública permite metade do período normal de trabalho com 60% da remuneração, no caso de pessoas com filhos menores de 12 anos e com doenças crónicas ou portadores de deficiência, independentemente da idade. Esta medida também poderá ser aplicada a pessoas com netos menores de 12 anos. 

Outra das propostas partilhadas por vários partidos é a inclusão da vacina contra o rotavírus seja incluída no Programa Nacional de Vacinação. Uma das propostas do PS é o regresso às 35 horas e o alargamento do abono familiar. Já o Bloco de Esquerda reforça pelo código de trabalho na proteção das grávidas, puérperas ou lactantes. Para isso, quer proibir os despedimentos de grávidas ou de mães em licença de maternidade e durante as quatro semanas seguintes aquando o regresso ao trabalho. O PCP, por seu lado, defendem reforços no direito à maternidade e paternidade assim como a criação de um passe escolar e a gratuitidade em manuais escolares.

O envelhecimento da população é atualmente um fator preocupante a nível mundial. Os fatores responsáveis pelo envelhecimento são contestados, e o processo conhecido como “transição demográfica” tem sido abordado. As repercussões para a sociedade do progressivo envelhecimento da população são referidas particularmente no que diz respeito à saúde. Com o aumento da esperança média de vida e com os baixos níveis de natalidade já não é certa a renovação das gerações, pelo que, atualmente o número de idosos ultrapassa o de número de crianças.