quinta-feira, 23 de abril de 2015

Criação do Universo, diferentes teorias e explicações

     Por: Rui Reis

              A questão é intemporal, se os menos despertos intelectualmente sempre se limitaram ou a não questionar como tudo isto começou, ou por outro lado a agarrarem a teoria que lhes pareceu mais aceitável sem nunca a explorar verdadeiramente. Muitos foram também os que não se satisfizeram com o Criacionismo ou mesmo com o Big Bang. Existem mentes brilhantes na astronomia, na física, na quântica, na cosmologia que refutaram as teorias tidas como mais concretas. 
     

Imagem ilustrativa do Big Bang
A ciência e a religião sempre foram campos de oposição, de choque e controvérsia. A história prova isso, veja-se por exemplo o caso de Galileu que teve de negar a sua teoria heliocêntrica, a teoria correta, ou então a inquisição iria condenar o físico Italiano. Na explicação para a criação do Universo a religião e ciência opõem-se uma vez mais, o Cristianismo assenta no Criacionismo para explicar o universo, o livro do Genesis é suficiente para a compreensão. Uma teoria simples que afirma “Deus criou o céu e a terra” e depois então criou o Homem, modelado no barro que ganha vida com um sopro divino. E então o que havia antes da criação do Universo? O cristianismo cita normalmente Santo Agostinho, que na sua obra refere que antes de criar o Universo, Deus estava a criar o inferno. 
Cientificamente, a teoria mais aceite é a teoria do Big Bang, uma teoria apresentada em 1948 pelo cientista George Gamow, nascido na antiga união soviética, embora as suas teorias mais notáveis tenham já sido desenvolvidas em solo Americano. O cientista soviético apresentou a teoria em colaboração com Georges Lemaître, que era um astrónomo e curiosamente padre de origem Belga. Em linhas gerais a teoria do Big Bang propõem que uma grande libertação de energia no seguimento de uma explosão cósmica criou o espaço-tempo há cerca de 10 ou 20 bilhões de anos atrás. O universo estava compactado num ponto minúsculo, em consequência origina-se uma explosão, seguida de uma expansão de espaço em todas as direcções que milhões de anos depois resultaria na formação de uma nuvem de gás que por sua vez termina na criação de aglomerados de corpos celestes que mais não são do que galáxias. 
Michio Kaku e a Equação da Teoria das Cordas
A “Teoria de Tudo” o nome do novo filme sobre a vida de Stephen Hawking, um filme sobre uma mente brilhante, uma autoridade no mundo da macro física que não deixa que a sua condição física limite a sua produção teórica. Recentemente Stephen Hawking, refutou por completo o Criacionismo, o que aliás não é admirar, afirmando que “Deus não é suficiente para explicar o surgimento do universo” numa conferência em Tenerife. Ainda nesta conferência em que provou uma vez mais a sua genialidade, Hawking interpretou a Teoria do Big Bang como a mais acertada, referindo-se à descoberta na Estação Polar Amundsen-Scott, na Antártica que vem confirmar que o universo nasceu com essa explosão cósmica. Aludindo à descoberta das primeiras ondas após a explosão cósmica que originou o Universo, uma descoberta de um telescópio norte-americano naquela estação no polo sul. 
Uma teoria mais complexa tem vindo a ser explorada nos últimos tempos, a teoria das cordas, esta teoria como explica o professor Michio Kaku vem no seguimento de uma falha na Teoria do Big Bang que falha quando se aplicam as equações de Einstein ao instante da explosão do Big Bang. Como explica Kaku “ a teoria das cordas leva-nos para antes do Big Bang, e antes do próprio Genesis…”. A teoria das cordas explica ainda que existe um “multiverso de universos”, e que há mais do que um universo, que se podem juntar ou dividir e isso são os “Big Bang´s”. Esta teoria na sua expansão mais extremista equaciona ainda a viagem entre “Universos” através do ficcional “Buraco de Minhoca”, embora os partidários desta tese ainda definam esta concepção como um tanto utópica, mas que pode resolver as equações de Einstein. Esta teoria propõem também que existem 10 dimensões mais uma que é o tempo, dessas dimensões usamos apenas 4 e as restantes ainda se encontram emaranhadas entre si e por conseguinte inacessíveis. De acordo com esta teoria, a quantidade de universos poderá chegar a mais de 10 mil e o nosso universo é apenas mais uma versão, uma teoria que afirma que afinal o Universo não conspirou a nosso favor e é apenas mais um grão de areia.
Várias são as teorias, mas apenas as que mais comprovadas e seguidas são podem ser tidas em conta no momento de tentar explicar a origem do Universo, as mais comprovadas pela autoridade dos seus promotores, pois nomes como Hawking, Kaku, Gamow ou até mesmo Einstein têm de ser interpretados com a devida importância. Por outra lado os seguidores da teoria do Criacionismo merecem também o devido respeito pela sua crença e pelo leigo argumento de que a ciência ainda não explicou tudo, e que sirva de mote o facto da ciência ainda não conseguir explicar tudo para que venha a conseguir explicar. 













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