sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Bem vindos!

Esta página foi criada pelos alunos de mestrado em Jornalismo da Universidade da Beira Interior.
A turma de 2014/2015 vai, ao longo de várias semanas, abordar temas desde a ciência, à cultura e artes, às tecnologias, saúde, política, economia, religião, turismo e viagens. Estes tópicos são construídos pelos alunos sob a coordenação do professor João Correia.

Desejamos-lhe uma excelente experiência,

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Atenção: Excesso de 'SMS' pode prejudicar a sua Saúde

Horas a fio em frente ao “smartphone” e posturas menos corretas estão a começar a prejudicar cada vez mais a coluna e a saúde de pessoas de todas as faixas etárias. O esforço físico ou “stress” exercido sobre a coluna vertebral vai causando um constante desgaste dos tecidos musculares e acaba por causa outros problemas, que futuramente poderão conduzir a intervenções cirúrgicas.

Por Luís Oliveira e Sónia Pereira 



Tendo em conta que a cabeça do ser humano adulto pesa cerca de cinco quilos e meio e que à medida que a move, a pressão exercida sobre as vértebras cervicais aumenta, daí que aos 15 graus de inclinação o peso corresponda a 12 quilos; aos 30 graus a 18 quilos; aos 45 a 22 quilos e aos 60 graus a 27 quilos.
Diariamente o esforço que fazemos a olhar fixamente para o ecrã de um telemóvel ou “smartphone” durante várias horas, pode conduzir a um desgaste precoce ou a uma degenerescência da coluna vertebral- o que pode levar a futuras intervenções cirúrgicas – conforme conclui um estudo da autoria do médico norte-americano Kenneth Hansraj, da clínica New York Spine Surgery and Rehabilitation Medicine e posteriormente publicado na revista Surgical Technology International.

O “Text Neck” ou “Pescoço do sms”, conforme é definido pelos especialistas competentes, trata-se de um comportamento viral, “Trata-se de uma epidemia (…). Basta olharmos à nossa volta, toda a gente anda com a cabeça baixa”, afirmou o médico norte-americano em declarações para o jornal The Washington Post.
Se pensarmos que 27 quilos representam o peso normal de uma criança, podemos já ter uma ideia do efeito que tem sobre o corpo do ser humano, passar várias horas nesta posição. Anualmente esta situação traduz-se em cerca de 700 a 1500 horas de esforço físico e stress sobre a coluna vertebral. Entre os mais prejudicados estão claramente os estudantes, que segundo Hansraj, chegam a passar até 5000 horas adicionais a este número.
De acordo com Tom DiAngelis, presidente da secção do sector privado da Associação Americana de Fisioterapia, “À medida que os tecidos vão sendo esticados durante longos períodos de tempo, começam a doer e a ficar inflamados”, salientou DiAngelis. Para além de inflamações, a adopção desta postura pode ainda causar distensões musculares, nevralgias, hérnias discais, conduzir a uma curvatura natural do pescoço, ou até mesmo reduzir a capacidade pulmonar em até 30%. Tendo em conta que em Portugal, cerca de 50% da população possui smartphones, a situação acaba por se tornar mais alarmante.
Em meados de 2009, Portugal chegava mesmo a ocupar o “top3” da Europa no que diz respeito ao número de “sms” enviados por habitante. Apenas ultrapassado pela Irlanda e Lituânia (quadro 1). 






Por sua vez, no ano de 2000, o número de “short messages” enviados per capita era de 53,2. Nestes nove anos, correspondentes ao período do estudo em questão, denotou-se um aumento do número de “sms” que os portugueses escreveram. Corresponde a um aumento de cerca de 4000%, o que coloca o povo português numa situação de risco perante este problema.

Entre os vários exercícios que as pessoas podem fazer, de forma a ter uma postura mais correta e evitar alguns destes problemas, Hansraj em entrevista ao Today.com, deixa algumas dicas: “Olhe para o seu aparelho com os olhos, não é preciso dobrar o pescoço. Exercícios: vire várias vezes a cabeça da esquerda para a direita. Faça força com a cabeça contra as mãos, primeiro para a frente e depois para trás. Coloque-se na ombreira de uma porta com os braços esticados e empurre o peito para a frente de forma a reforçar os músculos “da boa postura”, salientou o médico norte-americano.
São pequenos atos mas que futuramente poderão fazer a diferença e ajudar na recessão deste flagelo.




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