quinta-feira, 28 de maio de 2015

SSD vs SATA




Por: Rui Reis m6465

Os discos rígidos de tipo solid-stade drive (SSD) chegaram ao mercada já há alguns anos, mas ainda não destronaram os típicos discos SATA. 
As vantagens dos SSD são várias, destacando-se a maior velocidade de processamento e um consumo de energia mais eficiente. Ainda no campo das vantagens está a total ausência de partes amovíveis, o que torna os discos SSD muito mais resistentes em relação aos de tecnologia anterior, que funcionavam por magnetismo. Soma-se ainda a sua vantagem na forma de trabalhar muito mais silenciosa evitando as características vibrações que atormentam alguns portáteis quando a agulha faz a leitura do disco. A forma de trabalhar é completamente diferente, podendo-se falar numa evolução digital dentro deste aspeto tecno informático, se o comportamento dos SATA era mais analógico, com peças mecânicas os SSD funcionam como uma pendrive utilizando tecnologia memory-flash. Desta maneira estes discos conseguem superiorizar a sua velocidade em seis vezes no armazenamento de arquivos grandes em relação aos tradicionais HDD. 
Tantas são as vantagens que é difícil compreender o porquê desta tecnologia não estar já completamente vulgarizada nos computadores. Existem sim algumas desvantagens, e a grande desvantagem é o rácio entre preço e capacidade de armazenamento, sendo que discos com capacidade inferior a 120gb custam cerca de 50 € e se falarmos num disco de 1 Tb os preços situam-se em média acima dos 400€. Por metade deste preço é possível comprar um SATA tradicional com 5 vezes mais capacidade ou seja: uns imensos 5 tb. As maiores fabricantes de computadores não vulgarizaram por isso esta tecnologia que se iria traduzir num preço final do produto exorbitante. O que se assiste muitas vezes é a uma partilha entre a anterior geração de discos rígidos e a nova, com as empresas a colocarem dois discos. Um SSD com baixa capacidade de armazenamento onde é instalado o sistema operativo, e um outro disco tradicional de grande capacidade de armazenamento para os restantes ficheiros, geralmente o que o consumidor faz é usar o SSD para aqueles ficheiros que irá usar mais vezes. Exemplo deste convívio entre tecnologias é o novo portátil ACER V3-772G que por 1299 € incorpora justamente um armazenamento tradicional de 1Tb aliado a um SSD de 120 Gb. 
Um ramo de mercado que os SDD começam a encontrar é também no pós-venda, ou seja aquelas pessoas que alteram os seus computadores em casa. Importa referir que a substituição de um SATA por um SSD é geralmente simples, bastando desconectar um e ligar o outro, pois a ficha de conexão à motherboard é igual nas duas tecnologias. As pessoas que optam por alterar o seu computador optam também na maioria dos casos por esta tecnologia híbrida tal como as marcas vêm optando por fazer originalmente.
Estamos perante um exemplo em que duas tecnologias se complementam, uma colmata as lacunas da outra, o que está a permitir que os preços se mantenham sem comprometer a velocidade e sem comprometer o armazenamento. Uma vez mais quem fica a ganhar é o utilizador. 

Imagem ilustrativa de um disco SDD









Fontes:
Worten
Techtudo
Pixmania


Um reinado contado em 20 anos: Chatô, o rei do Brasil é um filme ainda sem data de estreia

Marco Ricca e Andreia Beltrão em cena de Chatô.
Reprodução/Trailer Oficial do Filme

'Chatô, O Rei do Brasil’ já é um marco no cinema brasileiro, antes mesmo do seu lançamento oficial. Não muito pela obra em si, mas por tudo o que a envolve. A produção teve início há 20 anos e tardou tanto não por ser uma produção que exige esse tempo, como Boyhood, por exemplo. A demora se deu pelas exigências que o cenário impôs. Trata-se de um filme sobre uma época passada, que começou a ser gravado em uma época passada, com equipamentos tecnológicos hoje ultrapassados e que será lançado no futuro com delay

Dirigido e produzido por Guilherme Fontes, o filme “Chatô, o rei do Brasil” está em processo de produção desde 1995 e ainda não possui data de estreia. Em uma entrevista recente à revista Status, Fontes diz que as cenas foram filmadas em 1999, 2002 e 2004, e que não havia finalizado o filme pois faltava uma verba para a trilha sonora e computação gráfica.

No mesmo ano que entrou em produção, Guilherme Fontes recebeu 8,6 milhões de reais de leis de incentivo à cultura para começar a produzir a cinebiografia. E com esse valor captado, tentou convencer Francis Ford Coppola a assumir a direção do filme, dizendo que Chatô seria o Cidadão Kane brasileiro. Não conseguiu e acabou ficando ele mesmo com a direção.

Ainda em entrevista a revista Status, Fontes declarou sentir-se “na Rússia” ao ver as condenações por improbidade fiscal que partiram do Ministério da Cultura e do Tribunal de Contas da União. “Eu me sinto numa Rússia! Parar um filme é normal! Existem vários filmes nacionais que demoraram anos para captar! É comum! Mas no meu caso, não. Porque era um projeto ousado e com um nome poderoso”.

Baseado no livro de Fernando Morais, “Chatô, o rei do Brasil” narra a história de Assis Chateaubriand responsável pela criação da primeira emissora de televisão do Brasil e o primeiro grande empresário do ramo da comunicação social. Proprietário da empresa Diários Associados que envolvia mais de 100 emissoras de rádio, jornais e revistas nas décadas de 1950 e 1960.

O filme ganhou seu primeiro trailer - também sem finalização - em 2014, divulgado pelo autor do livro e até já ganhou classificação etária para exibição do Ministério da Justiça. Além dos problemas com verbas, não sabe o que impede “Chatô” de chegar às salas de cinema. O que se sabe é que o produtor e diretor do longametragem inclusive propôs à Rede Globo, dona dos direitos do filme, a produção de uma minissérie em 10 capítulos com as cenas que não foram incluídas na película.


Entrevista completa à Revista Status: http://www.revistastatus.com.br/2014/05/07/guilherme-fontes/

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Spotify, música para todos em todo o lado

A aplicação Spotify é caracterizada por ser um serviço que permite ouvir música, através de streaming, em qualquer lugar. É disponibilizado a cada utilizador o acesso a milhões de músicas para diversas plataformas, e este pode escolher entre ouvir gratuitamente ou subscrever um serviço pago.
Criado na Suécia em 2006, nesta aplicação é possível ouvir desde da música mais popular de artistas estrangeiros e portugueses, até aqueles menos conhecidos. Das grandes editoras, às pequenas. Este sistema está disponível em quase todo o mundo, e conta com mais de 20 milhões de utilizadores.
O Spotify está disponível para computadores de todos os sistemas operativos, e também para telemóvel, para o utilizador poder ouvir música em qualquer lugar desde que tenha acesso à internet.
O utilizador após se registar no site, pode escolher entre três tipos de pacotes. O acesso gratuito, que todos os utilizadores têm desde de logo, com interrupções publicitárias e um limite mensal de horas; o Spotify Unlimited, que garante o acesso ilimitado, sem interrupções de publicidade e limite de horas por 3, 49€ mensais; e por último, pode escolher a opção Spotify Premium, que, por 6,99€, permite ouvir música em todos os dispositivos com ligação à internet, sem interrupções, onde permite fazer downloads e escutar música enquanto offline.
Após o login, é possível criar uma playlist pessoal com as músicas que mais gosta. A nível global, já foram criadas mais de 1 bilião de listas de reprodução. Mas ainda assim, a aplicação oferece playlists já organizadas por géneros, gostos e emoções. Há listas de música programadas desde para os dias mais tristes, até para o exercício físico. Outra opção disponibilizada pela aplicação é a de ouvir uma música relacionada com a que estávamos a ouvir antes, onde nos mostra uma playlist com músicas relacionadas com a banda/artista e género que o utilizador estava a ouvir.

Esta aplicação pretende ajudar um mercado que ainda está maioritariamente assente na venda de suportes físicos mas que já de aproxima de outros mais desenvolvidos, onde a venda em suporte digital já tem uma cota significativa no total de vendas de música. Eduardo Simões, diretor da Associação Fonográfica Portuguesa, afirma também que o serviço de streaming poderá ajudar à criação de uma nova legislação contra a pirataria e que trave a economia paralela que a pirataria digital constitui.
Os portugueses parecem convencidos, só durante o primeiro ano de existência do Spotify a território nacional, ouviram o equivalente a 2.100 ano de música, mais ou menos 19 milhões de horas de faixas, tendo sido criadas mais de 3 milhões de playlists.


A grande novidade que a aplicação tem para o ano de 2015 é a sua chegada aos videojogos. Já está disponível a sua versão para PlayStation, chama-se PlayStation Music. A sua versão foi adaptada para os grandes ecrãs e divide-se apenas em dois menus, browser, para descobrir as novas músicas, e Your Music, que dá acesso à playlist do computador.
Por Soraia Maciel Ferros, E8821

Fontes:

Portugal com consumo de sal elevado e consciente


14 de maio de 2015

Dia 17 de maio é assinalado o dia mundial da hipertensão. A propósito desta data a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) lançou dados que indicam os maus hábitos dos portugueses quanto à ingestão de sal.
Por: Adriana Ribeiro
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta o valor de 5,5 gramas de sal por dia como valor recomendado. Segundo os dados do estudo da SPH, “Perceção da População sobre a Hipertensão”, 95,6% dos portugueses ingere quantidades de sal acima do recomendado. O estudo apurou também que nos últimos cinco anos apenas um quarto da população portuguesa reduziu o consumo de sal. Dados de 2009 e 2014 informam que a faixa etária abaixo dos 45 anos é a que menos alterações faz na sua alimentação, quanto à redução de sal. A percentagem encontra-se entre os 60% a 73%.
Para além do consumo desta substância, três em cada quatro portugueses não sabem identificar que alimentos são fontes de sal. O bacalhau foi identificado por 2% dos inquiridos, seguido das conservas com 18%. Quanto aos alimentos embalados, apenas 25% da população portuguesa repara nos valores de sal indicados nos rótulos dos produtos. As camadas mais jovens da população são novamente a faixa que menos dá atenção a estes valores (82%). Uma medida apoiada por 91% das pessoas inquiridas e algumas organizações como a Defesa do Consumidor (DECO), é a utilização de um sistema de cores nos produtos industrializados. O sistema proposto funcionaria segundo a lógica dos semáforos de trânsito. Os produtos sinalizados com vermelho representariam elevado valor de sal, os amarelos valor moderado e os verdes baixo teor de sal.
Ainda neste estudo verificou-se que um em cada quatro portugueses desconhece os valores da sua pressão arterial. Nos jovens, 54% desconhece quais os valores a partir dos quais se tem hipertensão embora tenham consciência de se tratar de uma doença grave. Mais de metade da população (61%) admite só medir a tensão quando vai ao médico.
O consumo excessivo de sal está ligado a diversos malefícios. O mais associado é a aumento da pressão arterial que leva à hipertensão. Problemas cardíacos, derrames, cancro do estômago e osteoporose são outras doenças associadas a este hábito alimentar. Numa investigação realizada pelas universidades de Yale e Harvard, nos Estados Unidos, concluiu que o consumo elevado de sal está ligada a doenças autoimunes. Estas doenças ocorrem quando o sistema imunológico ataca e destrói, por engano, tecidos saudáveis do corpo. É o caso da esclerose múltipla, da artrite reumatoide e da diabetes tipo 1. O estudo provou que este tipo de doenças, que aumentam 5% a 7% todos os anos, estão ligadas, para além das toxinas ambientais, tabagismo e baixos níveis de vitamina D, ao consumo de sal. Os investigadores, durante um ano, analisaram mais de 80 pessoas. Durante esse período tentaram verificar as alterações das doenças autoimunes pelas bactérias intestinais. Acabaram por verificar que nos casos onde se consumia mais fast-food (alimentos com elevados níveis de sal), as células inflamatórias autoimunes aumentaram. Investigador do estudo e professor de neurologia e imunologia da universidade de Yale, David Hafler investigou a mesma situação verificada nos humanos em ratos. Os resultados foram os mesmos. Os animais submetidos a uma alimentação com mais sal, ficaram mais paralisados e as suas células inflamatórias autoimunes aumentaram 10 vezes. Com estes resultados, os investigadores aconselham à redução dos valores de cloreto de sódio para os doentes que sofrem destas doenças de forma a controlarem-nas melhor. O conselho é também deixado às pessoas saudáveis para que possam evitar problemas de saúde graves. 
A Direção-Geral de Saúde (DGS) tem vindo a disponibilizar várias formas para informar a população portuguesa deste problema de saúde pública. A mensagem principal que a DGS quer passar é a existência de formas fáceis para reduzir o consumo de sal. A mais sugerida é a substituição do sal por ervas-aromáticas. Estes produtos são recomendados devido à sua capacidade de substituir a função desempenhada pelo sal de uma forma mais saudável. Possuem valor nutricional e desempenham funções positivas na saúde em geral. O único problema que se coloca no momento é o facto de grande parte da população portuguesa desconhecer estas ervas e a sua forma de utilização. A OMS acrescenta a este conselho a utilização de azeite, limão ou outros temperos naturais em vez da junção de sal à comida depois de confecionada. Para além disso, esta entidade lançou diretrizes que obrigam as indústrias alimentícias a diminuir a quantidade de sal e sódio em produtos como bolachas, pães, massas e refeições prontas. 


Novo acordo ortográfico obrigatório




Depois de um período de adaptação de 6 anos, após ter sido aprovado na Assembleia da Republica em 2008, entrou ontem em vigor a obrigatoriedade do uso do novo acordo ortográfico. Apesar deste tempo de transição vale a pena relembrar quais as transformações sofridas na Língua Portuguesa.

Por: Anabela Carvalho e José Carlos Costa

O Novo Acordo Ortográfico impõe novas transformações a nível de supressão de acentos gráficos, maiúsculas ou minúsculas, supressão e manutenção do hífen, o que não se pronuncia não se escreve. Todavia não alteramos a forma como falamos, tendo em conta que o acordo não retira consoantes pronunciadas, como por exemplo, facto vai continuar a ler-se facto e não fato. Assim como a eliminação de consoantes mudas não vai alterar a pronúncia, por exemplo, espectador passa a escrever-se espetador mas continua a pronunciar-se com o “e” aberto.
A verdade é que o novo acordo ortográfico não cria nem elimina palavras, não altera o significado das palavras e não estabelece regras de sintaxe. Vamos apenas passar a escrever algumas palavras de forma diferente.
Com o novo acordo ortográfico o alfabeto passará a ter 26 letras, ao incluir as letras “K, W e  Y”, como exemplo os nomes próprios estrangeiros, Shakespeare, e os seus derivados, Shakespeariano.
As estações do ano, dias da semana e nomes dos meses passam a ser escritos na sua totalidade com minúsculas, exemplo, março, sábado, primavera. Os pontos cardeais passam a escrever-se com inicial minúscula, exceto designação de regiões, como “Vive no Norte”.
Nos títulos de livros ou outras obras, apenas o primeiro elemento tem de ser maiúscula, salvo quando contem nomes próprios neles contidos, “Memorial do convento”.
Utiliza-se minúscula inicial nas formas de tratamento (mestre André), domínios do saber (matemática), nomes de locais públicos (rua de gandarela), nomes de templos, edifícios ou monumentos (torre de belém).
Já referimos que o desaparecimento de consoantes mudas não interfere na pronúncia, mas efetivamente estas desaparecem a nível da escrita sempre que não são pronunciadas, como é o caso da palavra efetivamente que acabamos de utilizar, na qual caiu o “c” (efectivamente).
Com o novo acordo existe ainda a supressão de acentos gráficos, nos verbos da 2ª conjugação e 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo (creem), nas formas acentuadas do verbo arguir, nas palavras graves com ditongo “oi” (heroico), do acento grave em palavras homógrafas (para), mas continuamos a usar paramos e parámos.
A utilização do hífen também sofreu retificações, com este a ser suprimido em palavras prefixadas como “ante-“ e em formas por recomposição “aero-“. O hífen desaparece quando é possível o uso dos dígrafos “ss” ou “rr”, ou quando o primeiro elemento do composto termina em vogal e o segundo começa com uma vogal diferente como por exemplo, “autoestrada”. Mas a supressão de hífen não fica por aqui, com a ligação da preposição “de” com formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver, a perder também o hífen (“hei de”). No prefixo terminado por vogal e elemento seguinte começado por vogal diferente, o hífen é também suprimido como na palavra “agroindustrial”.
Por outro lado, nos prefixos terminados por vogais e elementos seguintes começados pela mesma vogal, o hífen mantém-se como “anti-ibérico”, com exceção para o prefixo “co” de “coobrigação”. O hífen conserva-se ainda em palavras de espécies das áreas botânicas e zoológicas como “abóbora-menina”.
Em Portugal, registam-se três alterações a nível de novos acordos ortográficos, nos anos de 1911, 1973 e 1990, este último encontra-se em vigor deste abril de 2009.





Aumento das exportações faz PIB português crescer acima da média da Zona Euro

Imagem/Reprodução: dinheirovivo.pt
A redução no valor do petróleo, o abrandamento das importações e o aumento das exportações fizeram com que o Produto Interno Bruto (PIB) português atingisse o maior crescimento desde o final de 2013. O país viu seu PIB crescer 1,4% enquanto a média da Zona Euro foi de 1% em termos homólogos.

Portugal teve melhor resultado do que potências econômicas como Alemanha e França, mas ainda ficou longe de economias em ampla ascensão como Espanha e Holanda, que cresceram 2,5% no mesmo período.

Os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Eurostat responderam às expectativas dos economistas do país que calculavam o crescimento do PIB entre 1,4% e 2,1%. O aumento do número de exportações em 4%, sobretudo em produtos como máquinas e aparelhos, metais comuns e combustíveis minerais, foi o principal fator a impulsionar a economia portuguesa. O INE também divulgou que o aumento das exportações permite uma recuperação de 661,3 milhões de euros no déficit comercial e uma subida da taxa de cobertura para 86,1%. 

Gráfico mostra o crescimento do PIB. Fonte: INE
O crescimento de 1,4% compara com a variação de 0,6% atingida no quarto trimestre de 2014. De acordo com o Ministro da Economia, António Pires de Lima, os dados divulgados pelo INE “vêm confirmar a bondade do trajeto de recuperação econômica que estamos a fazer, assente em empresas competitivas, em setores transacionáveis”.

A aceleração registrada neste indicador tem contudo muito a ver com o fato de o trimestre homólogo (o primeiro de 2014) ter sido um período fortemente negativo na economia portuguesa (-0,5%), que se seguiu a um crescimento muito elevado no quarto trimestre de 2013 (1%). Isto faz com que, numa altura em que o ritmo de crescimento da economia parece ter estabilizado em valores positivos.

Por Fábio Giacomelli e Tâmela Grafolin



Fontes:
Eurostat
Instituto Nacional de Estatística (INE)
Jornal de Negócios
Rádio Renascença

Turismo Religioso uma tendência crescente


O turismo religioso tem vindo aumentar significativamente, segundo os valores do PORDATA. Viajar em peregrinação aos chamados “lugares santos” tem sido um dos motivos que faz crescer a bolsa do turismo mundial e nacional, destacando-se um acréscimo de viagens em 2013 comparativamente a 2009.
Por: Luís Freire m6562
 
A tendência para as viagens de um turismo denominado de religioso tem vindo a aumentar desde 2009. Segundo os dados do INE, actualizados em agosto do ano passado e revelados no site do PORDATA, o número de viagens por motivos religiosos aumentou, não apenas em Portugal como nos países estrangeiros.

Segundo os mesmos dados a tendência de crescimento ao nível mundial teve um expoente máximo em 2010, ano em que o registo deste tipo de viagens regista o valor de 29 800 milhares, mais 18 700 milhares que no ano anterior. Porém, este valor tem vindo a diminuir desde então, ainda que registe em 2013 o número de 17 800, superior ao de 2009.

Já em Portugal lugares como o Santuário de Fátima ou do Sameiro, em Braga, assim como o conjunto de conventos, mosteiros e igrejas renascentistas e barrocas continuam a ser os lugares mais procurados e visitados.

Para além da carga espiritual que representam, para uma significativa mostra dos visitantes, segundo o  Secretariado Nacional dos bens culturais da Igreja (órgão da Conferência Episcopal Portuguesa responsável pelo Património) são muitos os motivos de visita, desde a rota das catedrais à descoberta de singelas ermidas e capelas de invocação ao padroeiro local.

Com a herança que a sua presença deixou no território, também a fé judaica é hoje motivo de descoberta, com especial incidência no Centro de Portugal. E vários são os caminhos hoje percorridos por peregrinos que buscam os “Caminhos de Santiago” de Compostela, ou vão traçando os novos caminhos para Fátima.

Daí que as viagens por motivo religioso, ainda segundo os dados do INE, aumentou numa escala significativa em Portugal. Desde o ano de 2009 registam-se, no nosso país, mais 73 500 que em 2009. Também o ano de 2010 foi um ano de aumento significativo em relação ao ano anterior, mas contrariamente aos dados revelados em relação ao estrangeiro este número não registou qualquer queda até ao ano de 2013.

A rota das catedrais, a rota dos Santuários Marianos e outras iniciativas promovidas quer pela Igreja Católica quer pelo Governo e autarquias parecem resultar no despertar do interesse dos visitantes deste país de fado, futebol e Fátima.

 

Milhares em Fátima expectantes pela vinda de Francisco


O Santuário de Fátima recebeu ontem cerca de 200 mil peregrinos que participaram na 98ª Peregrinação aniversaria das aparições de Nossa Senhora naquele lugar. Entre as aclamações da multidão movida pela fé fez-se notar a expectativa da presença do Papa Francisco nas celebrações centenárias que ocorrem em 2017.
Por: Luís Freire m6562

Com um recinto bastante mais reduzido, devido às obras que nele ocorrem, o Santuário de Fátima foi, mais uma vez, pequeno para acolher os peregrinos que participaram nas celebrações do 12 e 13 de Maio. O sinal das obras é, por si mesmo, um agoiro da grande celebração dos 100 anos das aparições da Virgem Maria naquele lugar, que o santuário está a preparar com grande antecipação.

Foram cerca de 200 mil os peregrinos, segundo as estatísticas do próprio Santuário, a participar nas celebrações. E, apesar de um grande número dos participantes ser de origem estrangeira, particularmente do Brasil, a maioria dos peregrinos foram os portugueses que guardam religiosamente o preceito de ali estar por estes dias.

As celebrações, este ano presididas pelo Arcebispo de Aparecida (Brasil), Cardeal D. Raymundo Damasceno Assis, trouxeram a geminação entre o Santuário português e o santuário da Aparecida que em 2017 celebra os seus trezentos anos. Na homilia que proferiu o Cardeal  brasileiro falou que mais do que a história ou a cultura, “aquilo que mais une Portugal e o Brasil é a fé, que se expressa na mesma língua”.

Para efectivar esta geminação, foi entronizada uma imagem da Senhora da Aparecida num lugar próprio do santuário português, à imagem do que tinha já acontecido em Outubro passado, quando o Bispo de Leiria Fátima levou até ao Brasil uma imagem de Fátima.

Os dois santuários unem-se na preparação das suas celebrações centenárias e ambos reclamam e esperam a visita do Papa Francisco. Este, na semana passada, demonstrou vontade de se deslocar a Fátima, dizendo a D. António Marto, que “se Deus lhe der vida e saúde”, virá ao centenário das aparições.

Ontem, á hora em que os peregrinos portugueses rezavam na Cova da Iria, o Papa Francisco reunido com milhares de fiéis na praça de S. Pedro, mandou colocar uma imagem da Virgem de Fátima no lugar da sua catequese semanal. Surpreendente foi o facto de ter mandado a um padre português ali a trabalhar no Vaticano, que rezasse uma Avé-maria, por ser dia de Nossa Senhora de Fátima.

A notícia, divulgada em plena celebração na Cova da Iria, fez irromper um forte aplauso à multidão, que reclama e espera a visita papal. Entre os peregrinos registaram-se vários desejos e vontade de que o Papa Francisco seja o quarto Papa a visitar este lugar de significativa importância para a Igreja em Portugal e Mundial.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

A religião como causa de guerras

7 de Maio de 2015


              Vários são os conflitos armados que se registam ao longo da História. Como motivos da sua origem muitas vezes são apontados fatores políticos e económicos. Porém, através de uma análise mais aprofundada, a religião surge no centro da questão como influência nas esferas políticas, económicas e sociais. Assim, a religião é considerada por muitos como a origem de todas as guerras.

Por: Adriana Ribeiro e Joana Santos

                Com o final da II Guerra Mundial, em 1945, surgiu a preocupação de manter o clima de paz mundial a longo prazo. O nascimento da Organização das Nações Unidas (ONU) ditou a criação e aceitação, por parte dos estados-membros, da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nas linhas principais deste documento defende-se que exista respeito universal e observância dos direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem que haja distinção de raça, sexo, língua ou religião. A tentativa de diminuir a origem de conflitos com origens religiosas foi sublinhada em 1999 com a assinatura do Apelo Espiritual de Genebra. O objetivo do documento centrava-se na garantia de que a religião nunca mais fosse utilizada para justificar a violência. Este Apelo conseguiu juntar assinaturas de líderes budistas, protestantes, católicos, cristãos ortodoxos, judeus, muçulmanos, entre outras religiões. No entanto, apesar desta e de outras tentativas de assegurar a liberdade de religião, grande parte dos conflitos mais recentes ou hoje ainda ativos são motivados pelo choque de crenças e doutrinas misturadas com fatores políticos, económicos, raciais e étnicos.  
Na guerra do Afeganistão dois grupos disputaram o poder do país. De um lado estava o grupo Talibã, que se trata de um grupo fundamentalista islâmico que governou o país entre 1996 e 2001. Do outro lado da batalha encontrava-se a Aliança do Norte oficialmente designada como Frente Islâmica Unida para a Salvação do Afeganistão, uma organização político-militar criada pelo Estado Islâmico em 1996 com o objetivo de unir vários grupos demográficos afegãos para lutarem contra os talibans. A partir de 2001, depois dos atentados do 11 de setembro, a Aliança do Norte começou a contar com o apoio dos Estados Unidos da América.
No caso da Nigéria, os grupos em conflito são os cristãos e muçulmanos. A população nigeriana (cerca de 148 milhões de habitantes) está marcada pela diversidade de grupos étnicos em várias partes do país. Esta realidade origina constantemente disputas territoriais. Desde 2002 que os conflitos armados se têm acentuado nesta região motivados, principalmente, pela adoção da sharia, a lei islâmica, como principal fonte da legislação. Esta situação, em 2012, contava com mais de 10 mil mortos e milhares de refugiados.
Judeus e islâmicos são os grupos em confronto em Israel. Isto porque em 1947, a ONU aprovou a divisão da Palestina num Estado judeu e num Estado árabe. Um ano depois, Israel foi proclamado país. O seu crescimento deixou os palestinos sem Estado e deu-se início à guerra. Em 1993, tentou-se pôr termo às disputas com o Acordo de Oslo, onde se deu início às negociações para a criação de um Estado Palestino. As negociações complicaram-se quando se discutiu a situação da Cisjordânia e da parte oriental de Jerusalém. Tratam-se de zonas que nenhuma das duas partes queria abrir mão. Apesar da dificuldade das negociações o acordo foi assinado na cidade norueguesa de Oslo.
No entanto, na História mundial, outros são os exemplos de guerras que colocam frente-a-frente no campo de batalha membros de religiões diferentes. Como principal exemplo, temos o caso das Cruzadas. Esta campanha militar durante os séculos XI e XIII, levou militares a partir da Europa Ocidental em direção à chamada Terra Santa (Palestina) e à cidade de Jerusalém. O objetivo era conquistar estes territórios, ocupá-los e mantê-los sob o domínio cristão.
Outro exemplo que marcou a História foi a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648). Nesta guerra várias nações da Europa lutaram entre si uma série de guerras no território que é hoje a Alemanha. Entre vários motivos como rivalidades territoriais e comerciais, as rivalidades religiosas foram um dos motivos que deu origem à guerra. Na França ocorreram as guerras religiosas. Onde na segunda metade do século XVI, cristãos e protestantes deram origem a uma série de oito conflitos.
Ao analisar vários momentos da História até à atualidade verifica-se que muitas das guerras que se realizaram e realizam têm de fundo razões ligadas à religião. Várias, também, foram as personalidades que já se deram conta disso.
Escritor e jornalista britânico, Christopher Hitchens, foi considerado um dos intelectuais mais polémicos e influentes do cenário internacional nos últimos anos. Colaborou com as publicações mais prestigiadas tanto na europa como na américa: "Vanity Fair", "Slate", "The Nation", "The New York Review of Books", "The Times" e "National Geographic", entre outras. Além de sua obra mais célebre "Deus não é grande", Hitchens escreveu "Cartas a um jovem contestador", "A vitória de Orwell", "O julgamento de Kissinger" e "Amor, pobreza e guerra".
Na obra “Deus não é grande”, é feita uma crítica às principais religiões. Ateísta declarado e crítico da invasão americana ao Iraque, Hitchens, “mergulhou” durante anos no universo complexo das religiões para um quadro evidente de todos os dogmas da fé manipulados pelos homens através da história. Argumentou que a religião era a fonte de toda a tirania e que muitas das perversidades no mundo foram provocadas em nome de Deus. Cristianismo, Judaísmo e Islamismo são interpretações de uma mesma invenção em nome das quais se cometem atrocidades. A fé acorrenta bilhões de pessoas aos preconceitos contra a mulher, contra o sexo e contra o desenvolvimento da ciência. A religião, diz ele, envenena tudo, direciona a humanidade para a guerra, para o ódio e para o conflito.
Christopher Hitchens, falecido em 2011, devido a doença prolongada, acreditava que a humanidade apresenta-se como uma espécie parcialmente racional, dominada pelo medo, seja o medo da morte, ou do desconhecido, que acredita que o universo foi criado para si. Esse elemento convenceu o Homem de que nada foi por acaso, sendo assim, o ser humano tem que ser o centro, o objeto de tudo. Entre o medo e o egoísmo, “é muito fácil vender a religião”, afirmou Hitchens.
Em Portugal, o Prémio Nobel da literatura, José Saramago, polemicamente defendia esta mesma ideia, da religião como uma proteção do ser humano. Sobre o Corpo de Deus, José Saramago, atrevidamente, admitia que a temática religiosa, quando a aborda, é "para fáceis heresias, como costumam ser as minhas, segundo canónicas e abalizadas opiniões". Por isso, afirma autoritariamente: "Diz-se que todos somos filhos de Deus. Não é verdade, mas com esta falsidade se consolam muitos".



Sporting e Porto avançam com empréstimo obrigacionista


            As SAD de Sporting e Porto, emitem hoje, empréstimos obrigacionistas com o objetivo de financiar a atividade corrente e reembolsar empréstimos intercalares do passado. As operações são concretizadas na mesma data e têm contornos idênticos.

Por: Anabela Carvalho e José Carlos Costa

Não sendo caso único no futebol português, as SAD do Sporting Clube de Portugal e Futebol Clube do Porto, emitem hoje novas obrigações de retalho (adquiridas por diversos investidores). Estes empréstimos têm o mesmo propósito e superam os 5% em ambas as emissões. As obrigações recompensam os investidores com taxas de juro superiores às praticadas no mercado. As duas SAD estão a efetuar as emissões para reembolsar outras que estão prestes a chegar à maturidade.

Estes títulos são direcionados para sócios e simpatizantes, pelo que o público-alvo é distinto, e podem ser adquiridos até 20 de Maio. Os resultados devem ser conhecidos até ao final do mês.

A verdade é que a iniciativa tem um risco associado, tendo em conta que estas taxas são comparadas com os juros dos depósitos que a banca nacional está agora a oferecer.

Os empréstimos obrigacionistas adquiridos pelas duas SAD pretendem reembolsar os mesmos e financiar a atividade corrente. No caso do Sporting, a operação pretende ainda, reembolsar um empréstimo intercalar, numa operação realizada em 2011, no montante de 20 milhões de euros, que por sua vez tinha servido para amortizar um empréstimo obrigacionista.

Se em alguns aspetos, estas operações, acabam por ser comuns, noutros, os empréstimos diferenciam-se.

A Porto SAD pretende emitir 8 milhões de obrigações com maturidade a três anos, com um preço de subscrição de 5 euros cada, pelo que o encaixe bruto da operação poderá ascender a 40 milhões. Por sua vez, a Sporting SAD está a colocar 6 milhões de obrigações, com maturidade de três anos, a 5 euros cada uma, o que permitirá um encaixe bruto de 30 milhões de euros.

Na iniciativa levada a cabo pela Sociedade Anónima Desportiva portista, a taxa de juro dos cupões (taxa de juro de uma obrigação do tesouro) é fixa e igual a 5% brutos, o que traduz uma taxa de rentabilidade bruta de 5,0571%. Descontados os impostos, a taxa desce para 3,6287%.

Do lado sportinguista, os juros oferecidos nas duas emissões supram os 5% brutos, mas a taxa oferecida é mais elevada. Segundo o prospeto da operação, a taxa de juro dos cupões é igual a 6,25% ao ano, o que traduz uma rentabilidade bruta de 6,34059% e líquida de impostos de 4,54581%. Em caso de subscrição incompleta, o Millennium BCP e o Novo Banco (Antigo BES), garantem a subscrição de 10 milhões de euros, sendo que “ (...) a Sporting SAD diligenciará junto das suas fontes habituais de financiamento com vista a obter os restantes recursos necessários para o cumprimentos dos seus objetivos”. O Banco Comercial Português, SA, através da sua banca de investimento e o Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., são os intermediários financeiros responsáveis.

O sindicato de colocação do empréstimo Sportinguista envolve Activo Bank, Banco Best, BESI, CaixaBI, CEMG, CGD, Millennium BCP, Novo Banco e Novo Banco dos Açores. Com exceção da BESI, as restantes compõem o sindicato de operação do empréstimo feito pela SAD portista, ao qual acresce, o Banco Carregosa e Montepio Investimento.

Em ambos os casos, os reguladores admitem que a oferta poderá ser aumentada, o que já aconteceu anteriormente. No historial de empréstimos, a Porto SAD lançou em julho passado a operação “FC Porto SAD 2014-2017”, com uma taxa anual bruta de 6,75%. Era a mais baixa desde 2009 e, na altura, situava-se a 5,33 pontos percentuais acima da dívida pública a três anos. Nesse momento a SAD optou por passar dos 15 milhões previstos no início para os 20 milhões finais, face à elevada procura que, segundo a Euronext, foi 12,98 vezes superior à oferta.

Recorde-se que as contas do primeiro semestre da época desportiva 2014/15 da Porto SAD, apresentadas em março, revelaram um resultado líquido negativo acima dos oito milhões de euros. Já o Sporting, no mesmo período apresentou lucros de 24 Milhões de Euros.

The Void, um novo conceito de realidade virtual


The Void sobrepõe o mundo virtual ao real
Uma nova startup que afirma fazer a ponte entre os mundos físico e virtual. The Void (The Vision Of infinite dimensions) é a mais recente invenção no mundo dos videojogos que permite a construção de estágios físicos com o ambiente virtual.
Esta nova criação sediada em Salt Lake City, Utah, tem como objetivo proporcionar entretenimento visuais onde as pessoas vão mergulhar em arenas construídas ao pormenor. Este sistema combina uns headsets alimentados por um pc que são usados às costas e umas luvas de realidade virtual com imersão extra.
O The Void estabelece uma experiencia de entretenimento imersivo no momento em que entra no jogo. O design da entrada produz uma sensação de transporte para outra dimensão, onde o passado encontra o futuro distante. Temas intrigantes, incluindo artefactos recolhidos a partir do jogo, vão completar o sentido de lugar, descoberta e aventura.
O jogo é constituído por três peças fundamentais usadas pelo jogador que permitirão se ligar ao mundo virtual. Um colete permite uma performance rápida e suave, possibilitando ao jogador experienciar melhor o jogo em conforto. As luvas de êxtase são a grande inovação do jogo, com a tecnologia utilizada proporciona ao jogador a realidade do toque. Permite pegar em objetos, tocar, como se do mundo real se tratasse. HMD (head mounted display) foi desenhado para fornecer aos jogadores do The Void uma experiencia o mais real possível.
A experiencia vivida no The Void vai mais além que jogar mais um jogo. A realidade aumentada e tecnologia existente permite a pessoas que não tenham algum dos seus membros, braços ou pernas, ter a sensação que o tem e usá-lo, graças à tecnologia dos aparelhos que, ligando-se à mente dos utilizadores, permitem criar uma imagem e usá-la, dando uma sensação real.
Existem ainda algumas perguntas por detrás da tecnologia do The Void, mas ao que tudo indica sistema parece oferecer uma progressão no campo do entretenimento e da realidade virtual.




Fontes:




                                                                       Constância Soraia Ferros

                                                                       Ana Catarina Silva

Aumento da esperança média de vida e o impacto nos sistemas de saúde



Por: Rui Reis 

          A esperança média de vida continua a aumentar, uma tendência que se instala em todos os países desenvolvidos e embora com menos estímulo também nos países em vias de desenvolvimento. Ainda assim há nações em que a esperança média de vida não ultrapassa os 55 anos em ambos os sexos, países africanos como a Serra Leoa ou o Chade. 
Na Europa a 28, a esperança de vida é de 80.3 anos, em Portugal a média está nos 80.6 num ranking liderado pela Espanha, a quem se segue Itália e França com valores médios de vida de 82.5, 82.4 e 82.1 respectivamente. No caso Português deve-se ainda levar em consideração que em 1960 este indicador demográfico não ia além dos 64 anos, segundo dados do portal PORDATA. Globalmente esta lista é encabeçada pelo Japão onde em média se vive até aos 85.9 anos. 
Estes dados que são uma boa notícia, porque estão ligados a desenvolvimentos na área da saúde, da higiene e nas condições de vida em geral, mas que se traduzem numa inversão da pirâmide demográfica, o topo começa a ficar mais largo.



Evolução da pirâmide demográfica Portuguesa entre 1950 e 2005



Estas mudanças na pirâmide etária, uma mudança que tende a agravar-se trarão desafios as sistemas de saúde e de segurança social um pouco por todo o Mundo. A matemática é simples, são os que estão em idade activa que sustentam um Estado, e se os que estão em idade activa se tornam poucos em relação aos idosos irá faltar a liquidez financeira em todas as sociedades envelhecidas. A esperança média de vida elevada não significa sempre uma população envelhecida, mas este medidor quando conectado com uma taxa de natalidade baixa torna-se numa problemática enorme. Em Portugal a taxa bruta de natalidade era de 7.9 ‰, a média da UE a 28 é de 10.0 ‰, dados de 2013. 
O plano nacional de saúde Português já contempla esta preocupação desde 2004, o sistema de saúde português tem o “Plano Nacional Para a Saúde das Pessoas Idosas”, onde está feita a contextualização como o envelhecimento da população, nesse mesmo plano pode ler-se: “O processo de envelhecimento demográfico que estamos a viver, associado às mudanças verificadas na estrutura e comportamentos sociais e familiares, determinará, nos próximos anos, novas necessidades em saúde, lançando enormes desafios aos sistemas de saúde no que se refere não apenas à garantia de acessibilidade e qualidade dos cuidados, como à sustentabilidade dos próprios sistemas e exigindo que, ao aumento da esperança de vida à nascença, corresponda um aumento da esperança de vida “com saúde” e sem deficiência.” 
Desta maneira a saúde nacional segue as tendências mundiais no que toca à saúde dos idosos, fazendo um acompanhamento individualizado e regional das pessoas mais velhas, que têm problemas de saúde e mobilidade. Existem estudos alarmantes a apontar o elevado número de acidente domésticos que acontecem com os mais velhos, sendo portanto um grupo de risco pela fragilidade da sua saúde. 
A direcção geral de saúde tendo em conta todas as complexidades de uma população envelhecida, e com o intuito de proporcionar um “envelhecimento com saúde”, propõe um envelhecimento activo, recomendando a prática moderada de exercício físico, e uma correcta adaptação da alimentação. Recomenda ainda uma abordagem dos técnicos a problemas mais característicos de idades mais avançadas como a incontinência, e inclui exames médicos mais frequentes, enquanto combate a automedicação que se pode tornar num grave problema nesta faixa etária. Por fim este programa para a saúde dos idosos, inclui também a resolução da acessibilidade dos mais velhos aos Hospitais, um problema sobejamente conhecido principalmente nos meios rurais em que a deslocação aos Hospitais se torna um transtorno grave. 
Em teoria as normas estão tomadas, mas na prática e 11 anos depois da inclusão deste plano de saúde para idosos no plano nacional de saúde, as medidas medicinais resultaram mas o isolamento dos mais velhos continua a ser socialmente um grave problema. 

Fontes:
PORDATA
INE
TSF
Direcção Geral da Saúde




quinta-feira, 23 de abril de 2015

Turismo religioso aposta em aldeias judaicas

A herança judaica é o novo nicho de exploração do turismo religioso. Com importantes aldeias históricas onde a cultura judaica se mantém presente, Portugal está a investir em programas de atração turística. Trezentos milhões de turistas e aproximadamente cerca de 13 mil milhões de euros é quanto se estima valer anualmente o sector do turismo religioso a nível mundial segundo cálculos da Associação Mundial de Viagens Religiosas.  




No século xv, Portugal tornou-se o mais importante centro da cultura sefardita por ter recebido, temporariamente, os grandes sábios judeus da época, entre os quais Isaac Aboab, o líder espiritual da comunidade judaica da Península Ibérica, Salomão Ibn Verga, autor de Schébet Yehudah (A Vara de Judá, crónica em que narra a vida dos judeus na península), e Abraão Saba, exegeta, pregador e cabalista. Diversas vilas e cidades portuguesas que outrora acolheram o povo judaico, tornam-se agora pontos turísticos religiosos por conservarem a marca e a cultura do judaísmo.

A dimensão do mercado e turismo religioso está a ser definido como um dos produtos estratégicos na promoção turística portuguesa apostando em planos de promoção, campanhas online, operadores e companhias aéreas que envolve mercados de motivação católica. Para quem quiser visitar Portugal, há já rotas pré-definidas que levam a conhecer os principais focos da religião judaica.

Localizada na Serra da Estrela, a vila de Belmonte detém um importante facto da história judaica. Esta pequena região está intimamente relacionada com a resistência dos judeus à intransigência religiosa na Península Ibérica. Muitos foram expulsos, outros resistiram por terras lusas convertendo-se ao cristianismo mas mantendo no seio familiar as tradições judaicas. De geração em geração a vila conserva as marcas de um tempo difícil provadas pela componente humana que ainda lá existe. Belmonte é assim uma das principais vilas do turismo religioso a nível judaico vendo nascer na última década um hotel de luxo e um museu que nos primeiros três anos recebeu 14 mil visitas.

O interesse no Portugal judaico tem crescido e as sinagogas recebem cada vez mais visitantes. O mercado turístico religioso cresce a passos largos e Portugal está a apostar forte no seu desenvolvimento dando lugar à criação de emprego. 

Belmonte, Sortelha, Idanha-a-Velha, Monsanto, Castelo de Vide, Marvão, Tomar, Crato e Constância são os destinos que fazem parte da rota que a TravelTailors propõe na descoberta dos legados da Idade Média, das ordens religiosas e do povo judeu em Portugal. Vindos de todo o mundo, os turistas podem apreciar a gastronomia local destes pontos históricos que começam a promover cada vez mais o património dos judaicos. 


Carina Alves e Daniela Berrincha



Resultados positivos no tratamento experimental contra o ébola

Um medicamento experimental salvou macacos infetados com a estirpe Makona, do vírsus do ébola, a mesma estirpe que levou à morte de 10700 pessoas e que infetou outras 25800 no último surto do vírus.

TKM-ebola-guinea impede a replicação dos genes particulares do vírus

O estudo realizado pelo investigador Thomas Geisbert, da universidade do Texas, consistiu em infetar seis macacos da espécie rhesus, com a estirpe Makona do vírus ébola. Seguiu-se a divisão dos infetados em dois grupos, onde apenas um deles recebeu o tratamento experimental. Durante o estudo, verificou-se que os macacos não tratados acabaram por morrer nove dias depois do início do ensaio experimental e os outros três acabaram por revelar-se totalmente saudáveis ao fim de 28 dias. Ao que tudo indica, TKM-ebola-guinea revelou-se eficaz ao bloquear os genes particulares do vírus, o que, por sua vez, impede a sua replicação.
A investigação, feita com macacos, ainda não teve a sua eficácia comprovada em humanos. Porém, a equipa liderada por Thomas Geisbert espera durante a segunda metade de 2015 divulgar os primeiros resultados da droga experimental em humanos. O sucesso dos primeiros ensaios experimentais em macacos permitiu uma validação pré-clínica para o início de testes clínicos em humanos já este ano, na Serra Leoa.
O ébola é uma doença que atinge seres humanos e outros mamíferos, provocada pelo ébola vírus. Os sintomas surgem durante duas, a três semanas, após a contração do vírus. Febre, garganta inflamada e dores de cabeça são os primeiros sintomas, seguidos por vómitos, diarreia, insuficiência hepática e renal. O vírus pode ser adquirido através do contacto com o sangue ou outros fluidos biológicos de um ser humano ou animal infetado.
Até hoje ainda não foi desenvolvida nenhuma vacina ou tratamento contra a estirpe, apenas foram desenvolvidos medicamentos para surtos anteriores da doença, identificados desde 1976.
A epidemia mais fatal do ébola, ocorrida no oeste africano durante o ano passado, permitiu à OMS (Organização Mundial de Saúde) autorizar novos testes de drogas contra a doença.


Fontes:
BBC News
SIC Notícias
Semanário SOL
Agência LUSA
Foto: BBC News

Soraia Ferros
Ana Catarina Silva


Propostas económicas do PS e PSD-CDS para a próxima legislatura

(23 de Abril de 2014)

O PS tornou pública, esta terça-feira, dia 21 de Abril, as propostas alternativas económicas do grupo de trabalho composto por economistas e coordenado por Mário Centeno. O relatório intitula-se “Uma década para Portugal: Um cenário económico alternativo”. As propostas apresentadas devem integrar o programa eleitoral do partido socialista nas próximas legislativas.
Por: Adriana Ribeiro e Joana Santos
Nos cenários apresentados, pretende-se a eliminação gradual, até 2017, da sobretaxa de IRS (em duas fases, 50% em 2016 e 50% em 2017). Esta sobretaxa de IRS incide sobre os rendimentos obtidos por trabalhadores dependentes e pensionistas, residentes em Portugal. Até 2019 a sobretaxa no IRS deverá ser completamente eliminada, com um ritmo de eliminação da sobretaxa de 0,875 pontos. O grupo de trabalho estima que o impacto orçamental no segundo ano de redução desta receita fiscal se situe nos 430 milhões de euros, valor que, acredita, terá “um impacto positivo na atividade económica”.
Quanto à reposição dos salários na função pública, os socialistas pretendem repor os cortes salariais 40% ao ano, entre 2016 e 2017. Duas vezes mais rápido do que o previsto pela maioria do PSD-CDS, que apresentou uma reposição de 20% ao ano, até 2019. Será ainda feita, já para o ano de 2016, uma redução do IVA da restauração para 13%.
A proposta económica dos socialistas prevê grandes alterações nas contribuições para a segurança social, primeiro uma redução gradual até 2018, depois uma reposição gradual ate 2026. Por conseguinte, na folha salarial mensal dos trabalhadores por conta de outrem e daqueles que têm rendimento independente (que abrange os recibos verdes), os socialistas querem uma redução dos atuais 11% da Taxa Social Única (TSU) para 9,5% em 2016, 8% em 2017, e 7% em 2018. A partir de 2019, a taxa contributiva aumenta 0.5 p.p./ ano, sendo reposta na totalidade em 2026. “Estas alterações são aplicáveis apenas a trabalhadores com menos de 60 anos e cuja atual taxa contributiva seja a máxima em vigor. Não põe em causa o financiamento intertemporal da Segurança Social”, lê-se no documento apresentado nesta terça-feira.
Os socialistas querem que, a partir de 2021, as novas pensões sejam assentes “na proporção da menor contribuição”, ou seja, a aplicação deste quadro apenas terá “efeito entre 1,2 e 2,6% e só será sentido nas pensões a receber a partir de 2027”.
Nesta proposta existem ainda várias alterações quanto ao financiamento da Segurança Social. O partido socialista propõe que passem a ser canalizados para a segurança social o imposto sucessório para as heranças de maior valor, concretamente a partir de um milhão de euros. Outros pontos elencados neste capítulo são também a “reversão da redução planeada do IRC e consignação da receita; mecanismo de penalização das empresas com rotação excessiva de trabalhadores, dado que impõem custos ao sistema de proteção social que não são financiados pelas empresas” lê-se no documento.
Estas três medidas com vista ao alargamento do financiamento da Segurança Social “são utilizadas para compensar numa redução da taxa contributiva a cargo do empregador até 4 p.p. para todos os contratos permanentes”, justifica a proposta, e será, acreditam os economistas do PS, um “estímulo à contratação permanente”.
A proposta socialista prevê ainda que os contratos a prazo sejam limitados apenas à substituição temporária de trabalhadores. Isto é, “deixa de ser regra universal de contratação, sendo restringida a sua utilização apenas a situações de substituição de trabalhadores”, refere o documento. Com esta medida, pretende-se uma limitação da aplicação desta possibilidade de contratação, privilegiando assim o contrato a termo incerto.
            A proposta económica do grupo liderado por Mário Centeno aposta também na “via conciliatória na cessação de contratos de trabalho com aumento das indemnizações”, tendo o empregador, no caso de novos contratos, que apresentar “todos os motivos de razão económica (de mercado, estruturais e tecnológicas) que tenham posto em causa a sobrevivência do emprego”. Neste regime as indeminizações passam para 18 dias nos primeiros 3 anos de trabalho e após esse período, para 15 dias por ano trabalhados.
O cenário económico proposto pelo PS inclui um complemento salarial com vista a uma maior equidade social. Assim sendo, os socialistas pretendem aplicar um “crédito fiscal” nos rendimentos do trabalho em função dos rendimentos e da composição do agregado familiar. Esta proposta de complemento salarial será atribuída apenas a “indivíduos que declararam rendimentos no trabalho” e que tem como pressuposto também servir de “incentivo à integração no mercado de trabalho”, sendo encarado pelos socialistas como um “mecanismo universal de combate à pobreza através da promoção do  emprego”. No âmbito da equidade social, o partido socialista também pretende uma “reposição dos mínimos sociais” nas famílias com rendimento social de inserção, complemento social de idosos e abono de família.
O cenário macroeconómico apresentado pelo PS para além de cumprir com os compromissos assumidos com a UE pretende crescer mais do que o previsto pela Comissão Europeia.
Logo apresentadas, as medidas foram analisadas. As conclusões dessas análises indicam que as medidas propostas pelo PS irão custar 460 milhões de euros em 2016. Os cálculos feitos por um grupo de economistas mostram que o conjunto de medidas vai ter um impacto negativo líquido nos dois primeiros anos da legislatura. Segundo os especialistas, a proposta mais problemática para as contas públicas é a descida gradual da Taxa Social Única (TSU) nas empresas e trabalhadores. A redução, nos trabalhadores, vai passar dos atuais 11% para 7% em 2018. No entanto, os efeitos serão apenas sobre o salário base e para trabalhadores com menos de 60 anos. No geral, a diminuição da taxa de contribuição para a Segurança Social vai retirar aos cofres do Estado 420 milhões. A segunda medida mais penalizadora para as contas nacionais será a eliminação da sobretaxa do IRS. Com a retirada de 312 milhões de euros. Por outro lado, surgem as poupanças sectoriais/juros que irão gerar mais de 220 milhões de euros. Tornando-se assim a medida que mais encaixe positivo vai apresentar para o Estado no próximo ano.
A estimativa feita pelos economistas inclui as medidas de impacto positivo, ou seja, aquelas que reduzem a despesa ou aumentam a receita e as medidas de impacto negativa, que aumentam a despesa ou diminuem a receita. Na apresentação do relatório, o economista coordenador deste trabalho, Mário Centeno, revelou um gráfico que mostra que tanto em 2016 como em 2017 o saldo orçamental seria negativo. As medidas só se irão tornar positivas na segunda metade da legislatura, ou seja a partir de 2018.

Por outro lado, estão as medidas propostas pelo PSD/CDS. Se os partidos do Governo ganharem as eleições, a previsão para os funcionários e empresas públicas terão os salários completamente repostos em 2019, contra a previsão de 2017 apresentada pelo PS. Outra medida é a redução da despesa das pensões que terão que valer 600 milhões de euros. Maria Luís Albuquerque, ministra das finanças, quanto a esta proposta diz estar disposta a discutir com o PS. A ministra admite que existe um problema de sustentabilidade do sistema de pensões que ainda não foi possível resolver mas que o Governo está aberto e disponível para discutir soluções. A Contribuição Especial de Solidariedade (CES), aplicada às pensões de valores mais elevados será reduzida para metade em 2016 e prevê-se que em 2017 já não exista. O Governo diz-se mais otimista com a economia nos próximos anos. Com a previsão de um contínuo crescimento do PIB, o decréscimo da taxa de desemprego em duas décimas (13,2% em vez dos previstos 13,4%), a ministra afirmou que a posição do Governo quanto às medidas temporárias será mais rapidamente revertida quanto a situação económica o permitir.