Por: Rui Reis m6465
Os discos rígidos de tipo solid-stade drive (SSD) chegaram ao mercada já há alguns anos, mas ainda não destronaram os típicos discos SATA.
As vantagens dos SSD são várias, destacando-se a maior velocidade de processamento e um consumo de energia mais eficiente. Ainda no campo das vantagens está a total ausência de partes amovíveis, o que torna os discos SSD muito mais resistentes em relação aos de tecnologia anterior, que funcionavam por magnetismo. Soma-se ainda a sua vantagem na forma de trabalhar muito mais silenciosa evitando as características vibrações que atormentam alguns portáteis quando a agulha faz a leitura do disco. A forma de trabalhar é completamente diferente, podendo-se falar numa evolução digital dentro deste aspeto tecno informático, se o comportamento dos SATA era mais analógico, com peças mecânicas os SSD funcionam como uma pendrive utilizando tecnologia memory-flash. Desta maneira estes discos conseguem superiorizar a sua velocidade em seis vezes no armazenamento de arquivos grandes em relação aos tradicionais HDD.
Tantas são as vantagens que é difícil compreender o porquê desta tecnologia não estar já completamente vulgarizada nos computadores. Existem sim algumas desvantagens, e a grande desvantagem é o rácio entre preço e capacidade de armazenamento, sendo que discos com capacidade inferior a 120gb custam cerca de 50 € e se falarmos num disco de 1 Tb os preços situam-se em média acima dos 400€. Por metade deste preço é possível comprar um SATA tradicional com 5 vezes mais capacidade ou seja: uns imensos 5 tb. As maiores fabricantes de computadores não vulgarizaram por isso esta tecnologia que se iria traduzir num preço final do produto exorbitante. O que se assiste muitas vezes é a uma partilha entre a anterior geração de discos rígidos e a nova, com as empresas a colocarem dois discos. Um SSD com baixa capacidade de armazenamento onde é instalado o sistema operativo, e um outro disco tradicional de grande capacidade de armazenamento para os restantes ficheiros, geralmente o que o consumidor faz é usar o SSD para aqueles ficheiros que irá usar mais vezes. Exemplo deste convívio entre tecnologias é o novo portátil ACER V3-772G que por 1299 € incorpora justamente um armazenamento tradicional de 1Tb aliado a um SSD de 120 Gb.
Um ramo de mercado que os SDD começam a encontrar é também no pós-venda, ou seja aquelas pessoas que alteram os seus computadores em casa. Importa referir que a substituição de um SATA por um SSD é geralmente simples, bastando desconectar um e ligar o outro, pois a ficha de conexão à motherboard é igual nas duas tecnologias. As pessoas que optam por alterar o seu computador optam também na maioria dos casos por esta tecnologia híbrida tal como as marcas vêm optando por fazer originalmente.
Estamos perante um exemplo em que duas tecnologias se complementam, uma colmata as lacunas da outra, o que está a permitir que os preços se mantenham sem comprometer a velocidade e sem comprometer o armazenamento. Uma vez mais quem fica a ganhar é o utilizador.
Imagem ilustrativa de um disco SDD |
Fontes:
Worten
Techtudo
Pixmania