quinta-feira, 28 de maio de 2015

SSD vs SATA




Por: Rui Reis m6465

Os discos rígidos de tipo solid-stade drive (SSD) chegaram ao mercada já há alguns anos, mas ainda não destronaram os típicos discos SATA. 
As vantagens dos SSD são várias, destacando-se a maior velocidade de processamento e um consumo de energia mais eficiente. Ainda no campo das vantagens está a total ausência de partes amovíveis, o que torna os discos SSD muito mais resistentes em relação aos de tecnologia anterior, que funcionavam por magnetismo. Soma-se ainda a sua vantagem na forma de trabalhar muito mais silenciosa evitando as características vibrações que atormentam alguns portáteis quando a agulha faz a leitura do disco. A forma de trabalhar é completamente diferente, podendo-se falar numa evolução digital dentro deste aspeto tecno informático, se o comportamento dos SATA era mais analógico, com peças mecânicas os SSD funcionam como uma pendrive utilizando tecnologia memory-flash. Desta maneira estes discos conseguem superiorizar a sua velocidade em seis vezes no armazenamento de arquivos grandes em relação aos tradicionais HDD. 
Tantas são as vantagens que é difícil compreender o porquê desta tecnologia não estar já completamente vulgarizada nos computadores. Existem sim algumas desvantagens, e a grande desvantagem é o rácio entre preço e capacidade de armazenamento, sendo que discos com capacidade inferior a 120gb custam cerca de 50 € e se falarmos num disco de 1 Tb os preços situam-se em média acima dos 400€. Por metade deste preço é possível comprar um SATA tradicional com 5 vezes mais capacidade ou seja: uns imensos 5 tb. As maiores fabricantes de computadores não vulgarizaram por isso esta tecnologia que se iria traduzir num preço final do produto exorbitante. O que se assiste muitas vezes é a uma partilha entre a anterior geração de discos rígidos e a nova, com as empresas a colocarem dois discos. Um SSD com baixa capacidade de armazenamento onde é instalado o sistema operativo, e um outro disco tradicional de grande capacidade de armazenamento para os restantes ficheiros, geralmente o que o consumidor faz é usar o SSD para aqueles ficheiros que irá usar mais vezes. Exemplo deste convívio entre tecnologias é o novo portátil ACER V3-772G que por 1299 € incorpora justamente um armazenamento tradicional de 1Tb aliado a um SSD de 120 Gb. 
Um ramo de mercado que os SDD começam a encontrar é também no pós-venda, ou seja aquelas pessoas que alteram os seus computadores em casa. Importa referir que a substituição de um SATA por um SSD é geralmente simples, bastando desconectar um e ligar o outro, pois a ficha de conexão à motherboard é igual nas duas tecnologias. As pessoas que optam por alterar o seu computador optam também na maioria dos casos por esta tecnologia híbrida tal como as marcas vêm optando por fazer originalmente.
Estamos perante um exemplo em que duas tecnologias se complementam, uma colmata as lacunas da outra, o que está a permitir que os preços se mantenham sem comprometer a velocidade e sem comprometer o armazenamento. Uma vez mais quem fica a ganhar é o utilizador. 

Imagem ilustrativa de um disco SDD









Fontes:
Worten
Techtudo
Pixmania


Um reinado contado em 20 anos: Chatô, o rei do Brasil é um filme ainda sem data de estreia

Marco Ricca e Andreia Beltrão em cena de Chatô.
Reprodução/Trailer Oficial do Filme

'Chatô, O Rei do Brasil’ já é um marco no cinema brasileiro, antes mesmo do seu lançamento oficial. Não muito pela obra em si, mas por tudo o que a envolve. A produção teve início há 20 anos e tardou tanto não por ser uma produção que exige esse tempo, como Boyhood, por exemplo. A demora se deu pelas exigências que o cenário impôs. Trata-se de um filme sobre uma época passada, que começou a ser gravado em uma época passada, com equipamentos tecnológicos hoje ultrapassados e que será lançado no futuro com delay

Dirigido e produzido por Guilherme Fontes, o filme “Chatô, o rei do Brasil” está em processo de produção desde 1995 e ainda não possui data de estreia. Em uma entrevista recente à revista Status, Fontes diz que as cenas foram filmadas em 1999, 2002 e 2004, e que não havia finalizado o filme pois faltava uma verba para a trilha sonora e computação gráfica.

No mesmo ano que entrou em produção, Guilherme Fontes recebeu 8,6 milhões de reais de leis de incentivo à cultura para começar a produzir a cinebiografia. E com esse valor captado, tentou convencer Francis Ford Coppola a assumir a direção do filme, dizendo que Chatô seria o Cidadão Kane brasileiro. Não conseguiu e acabou ficando ele mesmo com a direção.

Ainda em entrevista a revista Status, Fontes declarou sentir-se “na Rússia” ao ver as condenações por improbidade fiscal que partiram do Ministério da Cultura e do Tribunal de Contas da União. “Eu me sinto numa Rússia! Parar um filme é normal! Existem vários filmes nacionais que demoraram anos para captar! É comum! Mas no meu caso, não. Porque era um projeto ousado e com um nome poderoso”.

Baseado no livro de Fernando Morais, “Chatô, o rei do Brasil” narra a história de Assis Chateaubriand responsável pela criação da primeira emissora de televisão do Brasil e o primeiro grande empresário do ramo da comunicação social. Proprietário da empresa Diários Associados que envolvia mais de 100 emissoras de rádio, jornais e revistas nas décadas de 1950 e 1960.

O filme ganhou seu primeiro trailer - também sem finalização - em 2014, divulgado pelo autor do livro e até já ganhou classificação etária para exibição do Ministério da Justiça. Além dos problemas com verbas, não sabe o que impede “Chatô” de chegar às salas de cinema. O que se sabe é que o produtor e diretor do longametragem inclusive propôs à Rede Globo, dona dos direitos do filme, a produção de uma minissérie em 10 capítulos com as cenas que não foram incluídas na película.


Entrevista completa à Revista Status: http://www.revistastatus.com.br/2014/05/07/guilherme-fontes/

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Spotify, música para todos em todo o lado

A aplicação Spotify é caracterizada por ser um serviço que permite ouvir música, através de streaming, em qualquer lugar. É disponibilizado a cada utilizador o acesso a milhões de músicas para diversas plataformas, e este pode escolher entre ouvir gratuitamente ou subscrever um serviço pago.
Criado na Suécia em 2006, nesta aplicação é possível ouvir desde da música mais popular de artistas estrangeiros e portugueses, até aqueles menos conhecidos. Das grandes editoras, às pequenas. Este sistema está disponível em quase todo o mundo, e conta com mais de 20 milhões de utilizadores.
O Spotify está disponível para computadores de todos os sistemas operativos, e também para telemóvel, para o utilizador poder ouvir música em qualquer lugar desde que tenha acesso à internet.
O utilizador após se registar no site, pode escolher entre três tipos de pacotes. O acesso gratuito, que todos os utilizadores têm desde de logo, com interrupções publicitárias e um limite mensal de horas; o Spotify Unlimited, que garante o acesso ilimitado, sem interrupções de publicidade e limite de horas por 3, 49€ mensais; e por último, pode escolher a opção Spotify Premium, que, por 6,99€, permite ouvir música em todos os dispositivos com ligação à internet, sem interrupções, onde permite fazer downloads e escutar música enquanto offline.
Após o login, é possível criar uma playlist pessoal com as músicas que mais gosta. A nível global, já foram criadas mais de 1 bilião de listas de reprodução. Mas ainda assim, a aplicação oferece playlists já organizadas por géneros, gostos e emoções. Há listas de música programadas desde para os dias mais tristes, até para o exercício físico. Outra opção disponibilizada pela aplicação é a de ouvir uma música relacionada com a que estávamos a ouvir antes, onde nos mostra uma playlist com músicas relacionadas com a banda/artista e género que o utilizador estava a ouvir.

Esta aplicação pretende ajudar um mercado que ainda está maioritariamente assente na venda de suportes físicos mas que já de aproxima de outros mais desenvolvidos, onde a venda em suporte digital já tem uma cota significativa no total de vendas de música. Eduardo Simões, diretor da Associação Fonográfica Portuguesa, afirma também que o serviço de streaming poderá ajudar à criação de uma nova legislação contra a pirataria e que trave a economia paralela que a pirataria digital constitui.
Os portugueses parecem convencidos, só durante o primeiro ano de existência do Spotify a território nacional, ouviram o equivalente a 2.100 ano de música, mais ou menos 19 milhões de horas de faixas, tendo sido criadas mais de 3 milhões de playlists.


A grande novidade que a aplicação tem para o ano de 2015 é a sua chegada aos videojogos. Já está disponível a sua versão para PlayStation, chama-se PlayStation Music. A sua versão foi adaptada para os grandes ecrãs e divide-se apenas em dois menus, browser, para descobrir as novas músicas, e Your Music, que dá acesso à playlist do computador.
Por Soraia Maciel Ferros, E8821

Fontes:

Portugal com consumo de sal elevado e consciente


14 de maio de 2015

Dia 17 de maio é assinalado o dia mundial da hipertensão. A propósito desta data a Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH) lançou dados que indicam os maus hábitos dos portugueses quanto à ingestão de sal.
Por: Adriana Ribeiro
A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresenta o valor de 5,5 gramas de sal por dia como valor recomendado. Segundo os dados do estudo da SPH, “Perceção da População sobre a Hipertensão”, 95,6% dos portugueses ingere quantidades de sal acima do recomendado. O estudo apurou também que nos últimos cinco anos apenas um quarto da população portuguesa reduziu o consumo de sal. Dados de 2009 e 2014 informam que a faixa etária abaixo dos 45 anos é a que menos alterações faz na sua alimentação, quanto à redução de sal. A percentagem encontra-se entre os 60% a 73%.
Para além do consumo desta substância, três em cada quatro portugueses não sabem identificar que alimentos são fontes de sal. O bacalhau foi identificado por 2% dos inquiridos, seguido das conservas com 18%. Quanto aos alimentos embalados, apenas 25% da população portuguesa repara nos valores de sal indicados nos rótulos dos produtos. As camadas mais jovens da população são novamente a faixa que menos dá atenção a estes valores (82%). Uma medida apoiada por 91% das pessoas inquiridas e algumas organizações como a Defesa do Consumidor (DECO), é a utilização de um sistema de cores nos produtos industrializados. O sistema proposto funcionaria segundo a lógica dos semáforos de trânsito. Os produtos sinalizados com vermelho representariam elevado valor de sal, os amarelos valor moderado e os verdes baixo teor de sal.
Ainda neste estudo verificou-se que um em cada quatro portugueses desconhece os valores da sua pressão arterial. Nos jovens, 54% desconhece quais os valores a partir dos quais se tem hipertensão embora tenham consciência de se tratar de uma doença grave. Mais de metade da população (61%) admite só medir a tensão quando vai ao médico.
O consumo excessivo de sal está ligado a diversos malefícios. O mais associado é a aumento da pressão arterial que leva à hipertensão. Problemas cardíacos, derrames, cancro do estômago e osteoporose são outras doenças associadas a este hábito alimentar. Numa investigação realizada pelas universidades de Yale e Harvard, nos Estados Unidos, concluiu que o consumo elevado de sal está ligada a doenças autoimunes. Estas doenças ocorrem quando o sistema imunológico ataca e destrói, por engano, tecidos saudáveis do corpo. É o caso da esclerose múltipla, da artrite reumatoide e da diabetes tipo 1. O estudo provou que este tipo de doenças, que aumentam 5% a 7% todos os anos, estão ligadas, para além das toxinas ambientais, tabagismo e baixos níveis de vitamina D, ao consumo de sal. Os investigadores, durante um ano, analisaram mais de 80 pessoas. Durante esse período tentaram verificar as alterações das doenças autoimunes pelas bactérias intestinais. Acabaram por verificar que nos casos onde se consumia mais fast-food (alimentos com elevados níveis de sal), as células inflamatórias autoimunes aumentaram. Investigador do estudo e professor de neurologia e imunologia da universidade de Yale, David Hafler investigou a mesma situação verificada nos humanos em ratos. Os resultados foram os mesmos. Os animais submetidos a uma alimentação com mais sal, ficaram mais paralisados e as suas células inflamatórias autoimunes aumentaram 10 vezes. Com estes resultados, os investigadores aconselham à redução dos valores de cloreto de sódio para os doentes que sofrem destas doenças de forma a controlarem-nas melhor. O conselho é também deixado às pessoas saudáveis para que possam evitar problemas de saúde graves. 
A Direção-Geral de Saúde (DGS) tem vindo a disponibilizar várias formas para informar a população portuguesa deste problema de saúde pública. A mensagem principal que a DGS quer passar é a existência de formas fáceis para reduzir o consumo de sal. A mais sugerida é a substituição do sal por ervas-aromáticas. Estes produtos são recomendados devido à sua capacidade de substituir a função desempenhada pelo sal de uma forma mais saudável. Possuem valor nutricional e desempenham funções positivas na saúde em geral. O único problema que se coloca no momento é o facto de grande parte da população portuguesa desconhecer estas ervas e a sua forma de utilização. A OMS acrescenta a este conselho a utilização de azeite, limão ou outros temperos naturais em vez da junção de sal à comida depois de confecionada. Para além disso, esta entidade lançou diretrizes que obrigam as indústrias alimentícias a diminuir a quantidade de sal e sódio em produtos como bolachas, pães, massas e refeições prontas. 


Novo acordo ortográfico obrigatório




Depois de um período de adaptação de 6 anos, após ter sido aprovado na Assembleia da Republica em 2008, entrou ontem em vigor a obrigatoriedade do uso do novo acordo ortográfico. Apesar deste tempo de transição vale a pena relembrar quais as transformações sofridas na Língua Portuguesa.

Por: Anabela Carvalho e José Carlos Costa

O Novo Acordo Ortográfico impõe novas transformações a nível de supressão de acentos gráficos, maiúsculas ou minúsculas, supressão e manutenção do hífen, o que não se pronuncia não se escreve. Todavia não alteramos a forma como falamos, tendo em conta que o acordo não retira consoantes pronunciadas, como por exemplo, facto vai continuar a ler-se facto e não fato. Assim como a eliminação de consoantes mudas não vai alterar a pronúncia, por exemplo, espectador passa a escrever-se espetador mas continua a pronunciar-se com o “e” aberto.
A verdade é que o novo acordo ortográfico não cria nem elimina palavras, não altera o significado das palavras e não estabelece regras de sintaxe. Vamos apenas passar a escrever algumas palavras de forma diferente.
Com o novo acordo ortográfico o alfabeto passará a ter 26 letras, ao incluir as letras “K, W e  Y”, como exemplo os nomes próprios estrangeiros, Shakespeare, e os seus derivados, Shakespeariano.
As estações do ano, dias da semana e nomes dos meses passam a ser escritos na sua totalidade com minúsculas, exemplo, março, sábado, primavera. Os pontos cardeais passam a escrever-se com inicial minúscula, exceto designação de regiões, como “Vive no Norte”.
Nos títulos de livros ou outras obras, apenas o primeiro elemento tem de ser maiúscula, salvo quando contem nomes próprios neles contidos, “Memorial do convento”.
Utiliza-se minúscula inicial nas formas de tratamento (mestre André), domínios do saber (matemática), nomes de locais públicos (rua de gandarela), nomes de templos, edifícios ou monumentos (torre de belém).
Já referimos que o desaparecimento de consoantes mudas não interfere na pronúncia, mas efetivamente estas desaparecem a nível da escrita sempre que não são pronunciadas, como é o caso da palavra efetivamente que acabamos de utilizar, na qual caiu o “c” (efectivamente).
Com o novo acordo existe ainda a supressão de acentos gráficos, nos verbos da 2ª conjugação e 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo (creem), nas formas acentuadas do verbo arguir, nas palavras graves com ditongo “oi” (heroico), do acento grave em palavras homógrafas (para), mas continuamos a usar paramos e parámos.
A utilização do hífen também sofreu retificações, com este a ser suprimido em palavras prefixadas como “ante-“ e em formas por recomposição “aero-“. O hífen desaparece quando é possível o uso dos dígrafos “ss” ou “rr”, ou quando o primeiro elemento do composto termina em vogal e o segundo começa com uma vogal diferente como por exemplo, “autoestrada”. Mas a supressão de hífen não fica por aqui, com a ligação da preposição “de” com formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver, a perder também o hífen (“hei de”). No prefixo terminado por vogal e elemento seguinte começado por vogal diferente, o hífen é também suprimido como na palavra “agroindustrial”.
Por outro lado, nos prefixos terminados por vogais e elementos seguintes começados pela mesma vogal, o hífen mantém-se como “anti-ibérico”, com exceção para o prefixo “co” de “coobrigação”. O hífen conserva-se ainda em palavras de espécies das áreas botânicas e zoológicas como “abóbora-menina”.
Em Portugal, registam-se três alterações a nível de novos acordos ortográficos, nos anos de 1911, 1973 e 1990, este último encontra-se em vigor deste abril de 2009.





Aumento das exportações faz PIB português crescer acima da média da Zona Euro

Imagem/Reprodução: dinheirovivo.pt
A redução no valor do petróleo, o abrandamento das importações e o aumento das exportações fizeram com que o Produto Interno Bruto (PIB) português atingisse o maior crescimento desde o final de 2013. O país viu seu PIB crescer 1,4% enquanto a média da Zona Euro foi de 1% em termos homólogos.

Portugal teve melhor resultado do que potências econômicas como Alemanha e França, mas ainda ficou longe de economias em ampla ascensão como Espanha e Holanda, que cresceram 2,5% no mesmo período.

Os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Eurostat responderam às expectativas dos economistas do país que calculavam o crescimento do PIB entre 1,4% e 2,1%. O aumento do número de exportações em 4%, sobretudo em produtos como máquinas e aparelhos, metais comuns e combustíveis minerais, foi o principal fator a impulsionar a economia portuguesa. O INE também divulgou que o aumento das exportações permite uma recuperação de 661,3 milhões de euros no déficit comercial e uma subida da taxa de cobertura para 86,1%. 

Gráfico mostra o crescimento do PIB. Fonte: INE
O crescimento de 1,4% compara com a variação de 0,6% atingida no quarto trimestre de 2014. De acordo com o Ministro da Economia, António Pires de Lima, os dados divulgados pelo INE “vêm confirmar a bondade do trajeto de recuperação econômica que estamos a fazer, assente em empresas competitivas, em setores transacionáveis”.

A aceleração registrada neste indicador tem contudo muito a ver com o fato de o trimestre homólogo (o primeiro de 2014) ter sido um período fortemente negativo na economia portuguesa (-0,5%), que se seguiu a um crescimento muito elevado no quarto trimestre de 2013 (1%). Isto faz com que, numa altura em que o ritmo de crescimento da economia parece ter estabilizado em valores positivos.

Por Fábio Giacomelli e Tâmela Grafolin



Fontes:
Eurostat
Instituto Nacional de Estatística (INE)
Jornal de Negócios
Rádio Renascença

Turismo Religioso uma tendência crescente


O turismo religioso tem vindo aumentar significativamente, segundo os valores do PORDATA. Viajar em peregrinação aos chamados “lugares santos” tem sido um dos motivos que faz crescer a bolsa do turismo mundial e nacional, destacando-se um acréscimo de viagens em 2013 comparativamente a 2009.
Por: Luís Freire m6562
 
A tendência para as viagens de um turismo denominado de religioso tem vindo a aumentar desde 2009. Segundo os dados do INE, actualizados em agosto do ano passado e revelados no site do PORDATA, o número de viagens por motivos religiosos aumentou, não apenas em Portugal como nos países estrangeiros.

Segundo os mesmos dados a tendência de crescimento ao nível mundial teve um expoente máximo em 2010, ano em que o registo deste tipo de viagens regista o valor de 29 800 milhares, mais 18 700 milhares que no ano anterior. Porém, este valor tem vindo a diminuir desde então, ainda que registe em 2013 o número de 17 800, superior ao de 2009.

Já em Portugal lugares como o Santuário de Fátima ou do Sameiro, em Braga, assim como o conjunto de conventos, mosteiros e igrejas renascentistas e barrocas continuam a ser os lugares mais procurados e visitados.

Para além da carga espiritual que representam, para uma significativa mostra dos visitantes, segundo o  Secretariado Nacional dos bens culturais da Igreja (órgão da Conferência Episcopal Portuguesa responsável pelo Património) são muitos os motivos de visita, desde a rota das catedrais à descoberta de singelas ermidas e capelas de invocação ao padroeiro local.

Com a herança que a sua presença deixou no território, também a fé judaica é hoje motivo de descoberta, com especial incidência no Centro de Portugal. E vários são os caminhos hoje percorridos por peregrinos que buscam os “Caminhos de Santiago” de Compostela, ou vão traçando os novos caminhos para Fátima.

Daí que as viagens por motivo religioso, ainda segundo os dados do INE, aumentou numa escala significativa em Portugal. Desde o ano de 2009 registam-se, no nosso país, mais 73 500 que em 2009. Também o ano de 2010 foi um ano de aumento significativo em relação ao ano anterior, mas contrariamente aos dados revelados em relação ao estrangeiro este número não registou qualquer queda até ao ano de 2013.

A rota das catedrais, a rota dos Santuários Marianos e outras iniciativas promovidas quer pela Igreja Católica quer pelo Governo e autarquias parecem resultar no despertar do interesse dos visitantes deste país de fado, futebol e Fátima.